sexta-feira, setembro 23, 2005

Morte e vida Severino

A coluna de hoje vem com trilha sonora: "Já vou embora, mas sei que vou voltar, amor, não chora, se eu volto é pra ficar". Desculpa fazer isso com a tua música, Geraldinho - aliás, é uma das mais bonitas. Mas lá se vai o Severinho. Lá se vai minha inspiração. Enquanto o Vinicius tinha a Helô, eu tenho o Severinho, o Marcos Velório, o Dilúvio, o Jefferson, o Ingenoino, o Lula, o Zé Desceu… Como são as coisas. Eu tenho que ficar olhando para a poupança do Severinho. Enquanto ele tinha a garota de Ipanema, eu tenho a Patota de Diadema, de São Bernardo, do ABC… (nada contra Diadema, é que não consegui outra rima). Não dá pra ser poeta assim. Até tentei, mas olha no que deu a Patota de Diadema:
Olha que coisa mal vinda mais feia desgraça,
É essa propina, que vem e que passalevando o balanço a caminho do mal
Moços das contas douradasdo ABC a Diadema
Esses maus deputados são o nosso problemadesde a Casa da Dindaa mão querem passar
Ah, por que tem mensalinho?
Ah, por que tudo é tão triste?
Ah, a pobreza que existe
A pobreza que não é só minhae que não passa sozinha.
Ah, se eles soubessem que enquanto eles roubamo mundo inteirinhos e enche da graçae só fica rindopor causa do humor,por causa do humor...

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