quinta-feira, setembro 29, 2005

De comediante o Congresso está cheio

Com tanto comediante no Congresso para bater as botas, quem morre é o nosso Golias. Os órgãos brasileiros estão todos falidos e quem morre de falência dos órgãos é o Golias.
O Brasil é uma piada. O salário-mínimo é uma piada. Os governantes são uma piada. Os políticos são uma piada. E quem morre? Logo a piada boa. Uma parte da família vai. Os trapos ficam.
E, neste exato momento, alguém deve estar falando a mesma coisa que eu nos Estados Unidos. Afinal, com tanto comediante no Congresso americano para bater as botas, quem morre é o Don Adams, o nosso inesquecível Agente 86. O Bush, que também é uma piada, continua vivo. O Agente 86 vai e o KAOS continua, cada dia pior. Eu não perdia um seriado. Passava exatamente na hora em que eu voltava do colégio. A musiquinha, as portas fechando, o riso abrindo.
Para quebrar um pouco a tristeza, fiquei imaginando como seria se o Mel Brooks fizesse a versão do Agente 86 contra o KAOS brasileiro. Com certeza ele criaria o Agente 171, um espião secreto, carequinha, infiltrado no CONTROLE para promover o Kaos. E talvez criasse também o Agente Sifú, em homenagem ao brasileiro.
A 99 posaria nua para a Sexy e depois se candidataria ao Congresso. Os números dos agentes mudariam todo mês, conforme a variação da taxa de juros. A CPI dos Correios pediria a quebra de sigilo do sapatofone do Maxwell Smart. O Cone do Silêncio estaria sendo grampeado pelos agentes da Abin. E o Chefe do Controle não saberia de nada, muito menos que o KAOS existe.
P.S.: Nas minhas pesquisas, descobri que o 86 foi escolhido porque era o número-código que os barmen americanos usavam para denominar as pessoas que enchiam a cara. Será que já tem um Agente 86 no Controle e a gente não sabia?

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