sábado, novembro 18, 2006

Polícia fecha Juizado Arbitral

Policiais da Delegacia de Repressão às Ações do Crime Organizado (Draco) interditaram, na manhã desta sexta-feira, a sala onde funcionava o Tribunal de Justiça Arbitral da Região Serrana, na Rua Marechal Deodoro, 209. O diretor da Draco, delegado Milton Olivier, deu voz de prisão a Alan Celestino, que se apresentou como corregedor-geral do tribunal. Ele será autuado por estelionato.

No local foram apreendidos cerca de três mil processos, três computadores e cartazes que ameaçavam de prisão pessoas que desrespeitassem funcionários públicos. O tribunal tinha uma sala de audiências.

"O local também funcionava como central de cobranças. As pessoas humildes eram convocadas a pagar suas dívidas sob ameaça de prisão", disse o delegado, segundo o qual a operação em Petrópolis foi solicitada pelo desembargador Luís Zveiter, da Corregedoria Geral de Justiça.

Herbert Cohn disse que representação da subseção da OAB ao Ministério Público Estadual e ao Tribunal de Justiça, atendeu pedido da advogada Márcia Leonardo dos Santos. "Foi uma vitória nossa, já que tentávamos combater tal tribunal há muito tempo", comemorou.

O presidente da subseção lembrou ainda que os integrantes do tribunal ameaçavam as pessoas, inclusive ele. "Eles usavam inclusive o brasão da República. Isso pode ser considerado um estelionato", acredita.
Herbert Cohn contou também que a OAB solicitou instauração de inquérito penal e civil contra o Tribunal de Justiça Arbitral da Região Serrana. "Este foi o nosso primeiro passo para proteger as pessoas", concluiu.

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