sábado, novembro 11, 2006

ITAIPAVA GANHA ESCOLA DE CIRCO

Artistas de circo ensinam as técnicas da cultura tradicional na cidade
Entre tantos segmentos artísticos que a cidade abriga, o circo vem se firmando como um dos preferidos do público. Vista a possibilidade da descoberta de novos talentos, o Centro Cultural do Tamboatá tem entre sua programação de cursos a Escola de Circo. As aulas são ministradas pelos artistas de circo Milene Acosta e Walace Alcântara, formados pela Escola Nacional de Circo do Rio de Janeiro. As aulas já iniciaram, mas as inscrições continuam abertas.O curso terá intervalo em dezembro e volta em fevereiro de 2007. Considerado uma novidade na região, o curso já registra uma grande procura de público. De acordo com Milene, a Escola de Circo é voltada para todo o público, até mesmo para os que acham que não tem condições de acompanhar todos o movimentos. "Quando comecei eu não achava que seria capaz, mas logo no primeiro teste fui aprovada", disse. Os professores ressaltam que as técnicas são passadas de forma que respeite os limites de cada pessoa. "Adequamos os números de acordo com a aptidão da pessoa, que recebe o preparo físico necessário para que tenha resistência corporal", conta Walace.A Escola de Circo oferece o mesmo benefício que qualquer outra atividade física. Em todas as aulas, de duração de três horas, os alunos praticam exercícios físicos de alongamento e resistência muscular. "Fazemos ginástica para preparar o corpo para os exercícios de solo", disse. Com o preparo adequado, os alunos aprendem a executar os números assistidos nos espetáculos de circo como as acrobacias de solo e aérea, malabarismos, alongamentos e movimentos de equilíbrio e de contorcionismo. "Tentamos apresentar os números de circo de forma que qualquer pessoa possa participar", disse Milene. As aulas são indicadas para crianças a partir de 7 anos de idade.Os benefícios da prática circense são diversos. "É muito mais que um esporte, é uma atividade cultural e até mesmo profissional. Este é um trabalho de arte e cultura", disse. Para os professores, essa é uma importante atividade de inclusão onde qualquer pessoa pode ser inserida. "O circo é a única manifestação cultural onde todos são aceitos sem distinção. Nos espetáculos costumo dizer que até os feios ficam bonitos. É a chance em que todos podem se sentir artistas", disse Milene.Nas aulas Milene pontua encontrar alunos com diferentes objetivos, alguns com foco profissional e outros apenas na busca de uma atividade física. "Petrópolis é carente dessa atividade, temos alunos aqui que são de família de circo e querem resgatar a cultura e outros que querem apenas conhecer", disse. Milene pontua que o circo é indicado até mesmo para crianças hiperativas.Milene entrou para o mundo do circo há 11 anos: "Para mim foi a realização de um sonho, estava em busca de algo na área artística, mas não sabia o quê". A artista começou aos 16 anos e leva essa tradição para sua família. "Meus filhos já começam a se interessar", disse. Walace já carrega um histórico, em que toda sua família é envolvida com o teatro. "Entrei para o circo com o incentivo da minha família, mas no início não era o que desejava", disse o artista, que hoje faz parte da trupe Irmãos Kyosky's.

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