CARRETA COM SEBO BOVINO TOMBA NA BR-040

Pista de descida foi interditada e a de subida funcionou em mão dupla, com sinalização.

Mais de um quilômetro de engarrafamento se formou ontem durante o dia nos dois sentidos da BR-040, devido o tombamento de um caminhão carregado de gordura animal, às 4h30, no Km-78 de descida, no viaduto sobre a Luiz Winter, na Duarte da Silveira. Os trechos entre os quilômetros 83 e 78, sentido Rio, ficaram interditados e com isso a pista sentido Juiz de Fora, do Km-78 ao Km-83, ficou em mão dupla. Todo o trecho foi sinalizado para alertar os motoristas.

O trânsito precisou ser interrompido devido ao material espalhado ser escorregadio e pelo caminhão ter tombado em diagonal, ocupando as duas pistas. A carga era de 30 mil litros de sebo bovino, sendo entre dez e doze mil litros a quantidade que se espalhou pela pista. A operação com 70 homens foi realizada com o apoio da Defesa Civil municipal e estadual, Concer, Corpo de Bombeiros, Secretaria de Obras, Comdep, CPTrans, Feema, Ibama e Polícia Rodoviária.

O caminhão só foi retirado no fim do dia. Para a limpeza do local, foi necessário espalhar areia. Segundo a Defesa Civil, foram feitas drenagem do material derramado e raspagem da pista, para que não ficasse escorregadia quando o tráfego fosse liberado. A Concer contratou uma empresa para levar o material recolhido para um local especializado em receber este tipo de resíduo, no Rio de Janeiro.

O motorista Osmar Silva, de 51 anos, não se machucou com a queda do caminhão, mas quebrou a clavícula no momento em que saía do veículo, já tombado. Embora a placa fosse de Londrina-PR, BXG-1265, o motorista, que trabalha por conta própria, vinha de Belo Horizonte e ia em sentido Rio Bonito para fazer a entrega da carga.

Não houve preocupação de dano ambiental porque o material não é agressivo ao meio ambiente. Durante a operação de limpeza da pista e retirada do caminhão, moradores de áreas próximas se aglomeraram próximo ao local, para assistir os procedimentos.

O sebo bovino é usado na fabricação de biodiesel, como ingrediente de ração para vacas em lactação e frangos de corte, e como combustível para caldeiras. O custo de produção de biodiesel de sebo é 30% menor que o fabricado de óleos vegetais, mas o rendimento é, em média, 5% menor. Existe um excedente de 80 mil toneladas de sebo bovino no País, que, em alguns momentos, é exportado.