O comerciante Arthur Freire prefere não votar. Ele contou que desde os 18 anos não vota, pois, na época, o seu pai teve problemas na justiça para conseguir se aposentar, o que deixou Arthur inconformado.
"Não voto e isso não me faz falta. É uma forma de protesto, sem precisar parar o trânsito ou queimar pneus. Os políticos de Petrópolis se venderam para conseguir os seus lugares. O dia em que o voto for democrático, opcional, eu votarei", afirmou Arthur.
O engenheiro Sérgio Silva disse que ainda não sabe quem são todos os candidatos a Prefeito. Segundo ele, a divulgação ainda está muito pequena.
"Eu sempre voto em alguém, nunca anulo, mas dessa vez não sei em quem votar. Nesse ano, pela primeira vez na cidade, não temos candidatos fortes, pessoas com tradição política", falou Sérgio.
Dona-de-casa, Vânia Maia também não se sente motivada. Segundo ela, os políticos só estão fazendo besteiras e áreas como a saúde e educação estão abandonadas.
"Não estou acompanhando os candidatos, então não sei em quem votar. Os políticos não estão inspirando confiança aos eleitores. Acho que eles têm que ver outras coisas além da beleza da cidade, como a saúde e a educação. Eu tenho plano de saúde, mas quem não tem está perdido", reclamou Vânia.
Já o representante comercial Henrique Rebello sabe em quem votar para prefeito. Como é filiado a um partido político há um ano e meio, ele vota sempre na legenda.
"Em vereador ainda não sei em quem votar, mas será alguém do meu partido. Nessas eleições, acho que os candidatos estão pegando mais leve nas campanhas, pois está havendo menos sujeira e menos barulho, o que é bom para a cidade", explicou Henrique.
Também representante comercial, Eli de Souza ainda não parou para analisar os candidatos. Ele acredita que são muitos partidos, então não tem muito tempo para acompanhar as suas propostas.
"Eu costumo votar no mesmo partido, nunca anulo. E quem não anula tem que ter esperança de que as coisas melhorem. A minha expectativa maior é para que diminua a corrupção", disse Eli.
O economista João Silva contou que nunca votou porque é nascido em Portugal e não possui título de eleitor no Brasil. Ele disse que prefere assim porque dorme com a consciência tranqüila, mas espera do futuro prefeito grandes mudanças na política de transporte.
"As pessoas estão esperando uma providência no ‘curral’ (Terminal Centro). Torço para que o futuro prefeito faça algo em relação a isso e crie uma área para estacionamentos. Acho que a política atual de transportes está prejudicando muito os comerciantes", completou João.
Fonte: Diário de Petrópolis
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