terça-feira, novembro 27, 2007

Criança tem que se alimentar só de água

Caros amigos,

Vamos anotar, para nas eleições do ano que vem dar o troco nestes safados!!!


Diário de Petrópolis:

Os pais de Guilherme Gomes da Silva, de cinco anos, não sabem mais o que fazer. O menino tem alergia alimentar total, uma doença rara, e não pode comer nem beber nada além de um leite especial (Neocate, de 400 gramas). Cada lata custa R$ 538 e é necessária uma por dia para sua alimentação. Desde a última terça-feira, Guilherme está tendo que se alimentar apenas de água por que a secretaria municipal de Saúde ainda não liberou o lote deste mês. A mãe do menino, Francilene da Penha, de 34 anos, que é funcionária pública, disse que se o leite não chegar até amanhã ela vai fazer um pedágio no centro da cidade, numa campanha para tentar arrecadar dinheiro.

"Desde 2003, a Secretaria de Saúde, por meio do Hospital Alcides Carneiro, fornece as latas, mas como sempre, nessa época de fim de ano, não recebi. Eles não me deram explicações do motivo da falta do leite", disse a mãe de Guilherme, lembrando que o leite já faltou outras vezes. Na pior delas, o menino ficou sem alimentação durante 12 dias. Ele chegou a pesar apenas cinco quilos com um ano de idade. Com isso, Guilherme fica com baixa imunidade o que o deixa mais exposto a outras doenças. "Se meu filho for internado, a situação piora, porque ele pode pegar uma infecção hospitalar e morrer. Não quero que isso aconteça. Vou lutar para ele não ser internado", completou.

Guilherme já fez um teste com arroz, cenoura e batata e não obteve sucesso. Nem ao menos água, o menino pode beber. Caso ele coma algum alimento fica inchado e evacuando sangue, já que além da alergia começaram a aparecer nódulos em seu intestino. "Estamos tendo que dar água para ele, mesmo não podendo, mas é o único jeito. Desde terça-feira ele já emagreceu e hoje (ontem) vomitou sangue. Não sei mais o que fazer. Não temos condições de comprar as latas. Além disso, só tem por encomenda, por ser um alimento produzido na Inglaterra", informou.

Dentre todos os problemas, além de não ter condição financeira para comprar o leite, a família mora em um lugar de difícil acesso no final de uma escadaria na Rua Nossa Senhora da Glória, na parte alta do Bairro da Glória. "Quando alguém passa mal fica muito complicado sair daqui", disse.

A mãe fala com orgulho do filho. "Ele é muito esperto e inteligente. Está no jardim 2 da escola. Não quero que meu filho morra, ele já está ficando fraco e desnutrido. Mas tenho que ter esperança. Só existe cura para a doença dele fora do país, mas podemos controlar a situação com as latas de leite", disse Francilene, emocionada.

A secretaria de Saúde foi contatada, por meio da assessoria de Imprensa, mas até o fechamento da edição, não havia dado resposta sobre a não liberação do leite.

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