Gapa ultrapassa fronteiras

O ano começou bem para o Grupo de Apoio e Proteção aos Animais (Gapa) de Itaipava. Em fevereiro, passou a fazer parte da World Society for the Protection of Animal (WSPA), federação internacional com mais de 600 ongs filiadas em 140 países, comemora as mais de 500 adoções durante os últimos três anos e, dia 28, vai assinar convênio com a prefeitura de Petrópolis para castração de animais.
Grupo atinge marca de mais de 500 adoções
Quando o administrador de shoppings Carlos Eduardo Pereira e a advogada do BNDES Rosemary Hissa almoçavam naquela tarde de outubro de 1999 não imaginavam que aquele pequeno gesto mudaria a vida deles.
Um filhote de vira-latas olhava o casal, que resolveu adotar o cão. Biriba, como foi apelidado, tornou-se a primeira adoção do Grupo de Apoio e Proteção aos Animais (Gapa) de Itaipava, que hoje registra mais de 500 adoções.
— A partir do Biriba começamos a olhar para esses animais. A princípio, era apenas na Rua Manga Larga, em Itaipava. Hoje, já trabalhamos em todo o município — explica Carlos, presidente do grupo.
Atualmente, são 22 voluntários e oito sedes que recebem os animais, cachorros ou gatos, encontrados por voluntários nas ruas.
— Dependendo do estado do animal, levamos para uma clínica veterinária ou para o canil de isolamento para observação — conta Carlos.
O tratamento médio de um macho custa R$ 80 e da fêmea, R$ 140, já que todas são castradas. Normalmente, os animais ficam um mês com os voluntários até serem encaminhados para as feiras de adoção que acontecem de 15 em 15 dias.
— Optamos por castrar as fêmeas, que têm, em média, dois cios por ano, com cerca de oito filhotes por cio. Com esta medida, evitamos dez mil novos cães nas ruas — ressalta Rosemary.
Uma vitória do Gapa acontece no dia 28, às 18h, no Centro de Cidadania Desembargador Jorge Loretti, onde será assinado o convênio com a prefeitura para a castração de animais.
— É importante ressaltar que nós não recolhemos animais na casa das pessoas. Damos orientação para que elas também sejam parte da solução do problema — observa o presidente.
Outra novidade para o grupo foi a associação com a World Society for the Protection of Animal (WSPA), que os permite participar de todos os eventos da organização.
— Nosso principal objetivo é ter o reconhecimento internacional para receber financiamentos. A falta de recursos e de voluntariado são nossos maiores problemas — destaca Carlos, que complementa. — Temos o sonho de ver o Gapa crescer e caminhar com suas próprias pernas. Para isso, precisamos de apoio, o que será possível com ajuda de fora do país, já que o Brasil ainda tem muitas outras dificuldades.
Neste sábado, das 9h às 15h30m, acontece mais uma feira do Gapa no Parque de Exposições. Para falar com o grupo, o telefone é (24) 9988-9985 ou pelo site .