terça-feira, outubro 11, 2011

Dia de pesadelo: petropolitanos lotam as lotéricas para pagar suas contas

A greve dos funcionários dos Correios pode acabar ainda hoje. O julgamento do dissídio coletivo será realizado às 16h, em Brasília, já que o impasse entre a Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) e a Federação Nacional dos Trabalhadores em empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) continua. A paralisação começou no dia 14 de setembro e, em Petrópolis, já deixou quase 2 milhões de encomendas e correspondências pendentes – pelo menos 80% da carga diária de 100 mil objetos, já que o setor de entregas é o mais afetado.
Enquanto isso, uma determinação do Tribunal Superior do Trabalho (TST) exige que cada unidade operacional dos Correios mantenha em atividade 40% do efetivo de funcionários. Segundo informou o Sindicato dos Trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos do Rio de Janeiro (Sintect-RJ), em Petrópolis as operações seguem com o mínimo exigido. “As unidades da Mosela e da Floriano Peixoto têm pelo menos 40% dos funcionários trabalhando normalmente. Em Itaipava, desde o início da greve, havia 60% do efetivo em atividade”, explicou Leônidas Silva, secretário de interior do sindicato.
A categoria se reúne novamente hoje, em 35 sindicatos pelo país, para reconsiderar a proposta final do acordo, de reajuste de 6,87% retroativo a agosto, abono imediato de R$ 800 e aumento linear de R$ 60 a partir de janeiro de 2012, além da devolução dos dias já descontados, a ser pagos em 12 parcelas a partir de janeiro de 2012, e compensação dos demais dias. Caso pelo menos 18 dos 35 sindicatos da Federação escolham aceitar o acordo, o julgamento não acontecerá.
O impasse se deve ao desconto dos dias não trabalhados. De acordo com a ECT, o ministro João Oreste Dalazen, presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), alertou os trabalhadores na última audiência, realizada na sexta-feira, de que a greve suspende o contrato de trabalho, e apenas paralisações por conta de atraso nos salários estão amparadas do desconto.
Fonte: Tribuna de Petrópolis

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