quinta-feira, outubro 27, 2011

Nas áreas atingidas pela chuva, uma enxurrada de críticas às autoridades

Moradores e empresários que têm imóveis dentro da chamada “área de exclusão” delimitada pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea) após as chuvas de janeiro estão revoltados com a forma como órgãos do estado vêm tratando da situação e já começam a se mobilizar pensando em fazer uma manifestação em frente ao escritório da Casa Civil, montado no Shopping 2000, em Itaipava. “Eles marcaram e fotografaram as casas, as pessoas entregaram todos os documentos solicitados, mas não receberam nenhum documento que comprove isso, nem explicações sobre o que vai acontecer. Eles vieram até aqui, entregaram um papel com a relação de documentos, as pessoas entregaram tudo, mas não receberam sequer um protocolo. Ninguém tem nem mesmo como provar que entregaram o que foi pedido. Outro problema é o valor que estão oferecendo como indenização para moradores do Gentio, por exemplo, que é absurdo. Algumas pessoas já consultaram advogados e foram orientadas a exigir o protocolo para que possam de alguma forma ter acesso aos seus processos”, explicou o presidente da Associação de Moradores do Vale do Cuiabá e morador do Buraco do Sapo, José Quintela.
Empresários visitados ontem pelas equipes também ficaram indignados. “Eles se apresentaram como funcionários do estado, da ação social, apresentaram um mapa feito pelo Inea e nos entregaram um papelzinho, uma xerox, com a relação de documentos pessoais que devemos entregar, mas isto não é um documento e nem está explicado ali para que eles querem nossos documentos. Quando perguntamos eles informaram que estão fazendo um cadastramento porque a empresa está dentro da faixa de exclusão. Disseram que se quisermos consultar o mapa, ele está disponível no site do Inea e que nossa documentação será encaminhada a Emop (Empresa de Obras Públicas do Estado). Eles dizem que devemos entregar nossos documentos e que posteriormente seremos procurados pelo Inea. É uma absurdo o que estão fazendo, não podemos entregar os nossos documentos pessoais sem saber exatamente qual é a finalidade disso e sem receber nenhum documento que comprove isso”, reclama uma empresária da região. Como resposta aos questionamentos, foi informada que as medidas estão sendo adotadas com base em decretos do Estado (Decretos 41.148/2008 e 41.294/2008).
Fonte: Tribuna de Petrópolis

Nenhum comentário: