sexta-feira, agosto 10, 2012

Filhotes caninos estão há dias trancados numa loja em Itaipava

O Grupamento de Proteção Ambiental (GPA) esteve ontem na loja Canil Azul de Luar, em Itaipava, para apurar a denúncia feita pelo Grupo de Proteção e Assistência aos Animais e ao Meio Ambiente, o Gapa-ma, com relação as condições em que filhotes de cães são mantidos no estabelecimento. Os animais, que estão à venda, ficam presos em pequenos cercados, recebendo pouca alimentação e água, e dormindo no local sem ventilação e sem proteção contra o frio. O estabelecimento ficou fechado durante todo o fim de semana e permaneceu assim até ontem. A equipe do GPA vai retornar hoje ao local com um médico veterinário para tentar novamente verificar a situação dos filhotes. O presidente do Gapa-ma, Carlos Eduardo Pereira, está preocupado com o bem-estar e a saúde dos filhotes, especialmente após saber que a loja se encontra há dias fechada com os animais dentro. “Passamos lá no fim de semana e constatamos a veracidade da denúncia que recebemos. Eles ficam direto no chão, apenas com uns pedaços de jornal picados, o que não protege do frio. É nítido que eles não recebem o manejo adequado, um problema decorrente da falta de uma regulamentação específica sobre o comércio de cães”, lamenta Carlos Eduardo. O responsável pela loja e dono do canil trabalha há bastante tempo na região de Itaipava com a venda de filhotes. O estabelecimento foi aberto há cerca de 5 anos, após o criador ter problemas com a secretaria de fazenda, já que comercializava os animais em via pública, na caçamba de uma pickup que ficava estacionada em trechos variados da Estrada União e Indústria, o que é proibido por lei. A equipe da Tribuna tentou entrar em contato com o comerciante, mas os telefones celulares fixados na vitrine da loja estavam indisponíveis. A venda de filhotes é permitida em lojas e pet shops, mas a falta de fiscalização e regulamentação preocupa os envolvidos com a proteção animal. Em muitos casos os cachorros são mantidos em condições inadequadas e vendidos como se estivessem em perfeitas condições de saúde, quando na verdade não recebem tratamentos básicos como vacinação e vermifugação. O gerente de hotel Paulo Henrico Canejo passou por uma situação desagradável há 7 anos, quando comprou um filhote de chow chow de um vendedor de rua. O animal estava com babésia, conhecida como doença do carrapato, e quase morreu. “Levei o Nix em duas veterinárias que disseram que o estado dele era grave. Decidi ligar para o homem que me vendeu. Ele propôs trocar o filhote como se fosse uma mercadoria, mas eu já estava apegado e queria salvar a vida do meu cachorro. Só assim ele se comprometeu a pagar o tratamento”, lembra Paulo Henrico, que pagou 1.600 reais pelo animal em 2005. Denúncias envolvendo a venda de filhotes de cães podem ser feita à Secretaria de MeioAmbiente pelos telefones 2246-8962 ou 2246-9140. Fonte: Tribuna de Petrópolis

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