quarta-feira, agosto 15, 2012

Ong propõe ação ambiental contra os caçadores

Representantes da Ong AnimaVida denunciaram o caso de caça às capivaras na Avenida Barão do Rio Branco ao Ministério Público Federal. A entidade está pedindo também providências junto à APA-Petrópolis. As denúncias foram protocoladas nos órgãos federais na semana passada, pela presidente da entidade, Ana Cristina Ribeiro. A caça à espécie da fauna silvestre – comumente vista às margens do Rio Piabanha, ao longo da principal via de acesso aos distritos – já havia sido denunciada por moradores em reportagem na Tribuna de Petrópolis. Segundo os moradores, a caça aos animais vem ocorrendo há algum tempo, em vários pontos da via, e os filhotes – mais vulneráveis – seriam o principal alvo. A presidente da ong acredita que os animais estão sendo capturados e abatidos por conta do comércio de carnes exóticas, o que é crime ambiental. “É preciso que haja uma fiscalização efetiva do Ibama para verificar se a carne desses animais está sendo comercializada, porque se isso estiver acontecendo de fato os responsáveis precisam ser punidos.A caça de animais silvestres é proibida. A carne só pode ser comercializada se for comprovado que ela vem de criadouros que são autorizados e regularmente fiscalizados pelo Ibama, se forem animais criados especificamente para o abate. As capivaras, como outras espécies da fauna silvestre, não podem ser caçadas na natureza de jeito nenhum. Estamos esperando uma resposta do Ministério Público Federal. Esperamos que um inquérito seja instaurado e que a Polícia seja acionada para investigar o caso”, explicou Ana Cristina. A presidente da entidade alerta que além de estar cometendo um crime, as pessoas que caçam as capivaras estão expostas também a riscos por conta da proximidades com o animal silvestre. “Livre na natureza, este animal não representa nenhum risco, mas quando a pessoa se aproxima dele, durante a caça, está exposta a vários riscos. Elas podem ser atacadas e mordidas pelos animais adultos, que tentam defender os filhotes. Outro alerta que precisa ser feito é que as capivaras são hospedeiras do carrapato estrela, que é transmissor da febre maculosa, doença que pode levar à morte. Já tivemos casos assim em Petrópolis. As pessoas que caçam as capivaras devem estar conscientes de que estão expostas a este risco”, disse Ana Cristina, frisando que na natureza o animal não representa risco. A capivara é considerada o maior roedor do mundo, seus dentes podem chegar a sete centímetros. São animais herbívoros, que vivem cerca de 15 anos. Uma fêmea costuma gerar, em cada gestação, de dois a oito filhotes. Um animal adulto pode pesar até 80 quilos e mede cerca de 1,2 metro. Na cidade não existem dados oficiais sobre a população de capivaras, mas os grupos de animais adultos acompanhados de filhotes, comumente vistos em sítios e fazendas na região dos distritos, em algumas épocas do ano são facilmente avistados ao longo da Avenida Barão do Rio Branco. Caçar ou matar o animal é crime e o infrator está sujeito às sanções previstas na lei ambiental. Fonte: Tribuna de Petrópolis

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