domingo, setembro 07, 2008

Faltou polêmica no debate entre os prefeitáveis


Poucos confrontos, pouca polêmica e muita limitação marcaram o primeiro debate entre os candidatos a prefeito de Petrópolis, organizado e televisionado pela TV CIDADE IMPERIAL na noite de sexta-feira. Como somente um dos cinco blocos do programa permitia as perguntas entre os pleiteantes, o eleitor viu mais o que seria o horário eleitoral na cidade do que um debate entre os prefeitáveis. Além disso, em nenhum momento do programa o postulante à Prefeitura pôde escolher o adversário que iria responder a sua pergunta.

Todos os cinco candidatos compareceram ao programa. Em seus discursos, eles concordaram que o principal problema da cidade é a saúde pública, tema mais abordado ao longo de debate, que durou cerca de duas horas. Também houve consenso sobre a falta de praticidade dos terminais de transbordo criados na última gestão do prefeito Rubens Bomtempo (PSB).

O programa, que teve o apoio da OAB e do jornal TRIBUNA DE PETRÓPOLIS, foi dividido em cinco blocos. No primeiro, os candidatos apresentaram um vídeo de dois minutos e falaram também por mais dois minutos. No segundo, eles respondiam a perguntas gravadas por estudantes universitários. O mesmo processo se repetiu no terceiro bloco, mas dessa vez outro pleiteante sorteado comentava a resposta do oponente. No quarto bloco, as perguntas eram entre os postulantes, porém sem que eles soubessem para quem se dirigiam, e no último bloco, as considerações finais.

Em um momento curioso do debate, o candidato do PSB, Ronaldo Medeiros, respondeu a um estudante universitário sobre a criação de uma universidade pública na cidade. Medeiros contou que, se eleito, continuará a política do prefeito Rubens Bomtempo de financiar, com dinheiro público, bolsas de estudo na Universidade Católica de Petrópolis (UCP), uma instituição privada de ensino.

O único embate mais incisivo entre os prefeitáveis foi composto por Marcos Novaes (PHS) e Paulo Mustrangi (PT). Depois de Medeiros prometer mudanças no transporte público de Petrópolis e afirmar que ele precisa ser 100% integrado, e não pela metade, o petista o acusou de "populista", argumentando: "Se você é o candidato governista, por que o seu governo não fez essas mudanças necessárias antes?", indagou Mustrangi.

Em seguida, Novaes disse ser "uma pena o Mustrangi criticar a Prefeitura somente agora, já que até há pouco tempo ele fazia parte do governo". Com direito a réplica, concedida pelos advogados da OAB presente no programa, Mustrangi retrucou que Novaes "está desesperado, tanto é que os seus candidatos a vereador o estão abandonando", referindo-se à recente deserção dos pleiteantes do PTC da coligação que envolve o partido do Novaes.

Devido às regras do debate, Ester Mendonça (PSOL) não pôde expor as suas idéias sobre muitos temas, uma vez que a candidata foi sorteada três vezes para discutir sobre a saúde.

"A questão da saúde em Petrópolis é um caso de polícia. Como alguém pode ficar cinco a dez dias internado no hospital esperando por um exame. O que falta é planejamento. Temos que abrir essa caixa preta que é a saúde e fazermos auditorias públicas", frisou Ester.

Ao falar sobre os transbordos da cidade, Nelson Sabrá (PRB) prometeu no primeiro dia do seu governo retirar a primeira telha do Terminal de Integração do Alto da Serra.

"O meu primeiro ato solene será a retirada da primeira telha daquele terminal indiscreto que fica no Alto da Serra, terminal que prejudica a vida dos trabalhadores da região", completou Sabrá.

Fonte:Diário de Petrópolis

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