quinta-feira, agosto 14, 2008

Menores evolvidos com bebida alcoólica vão parar na delegacia

Cada vez mais os pais devem estar atentos aos passos dos seus filhos. Na tarde de ontem, dois menores e um adolescente de 18 anos, foram parar na 106a Delegacia de Policia, porque estariam bebendo cerveja na porta do uma loja de conveniências, próximo ao Terminal de Integração - em Itaipava. De acordo com a funcionária da loja o maior comprou as bebida e ofereceu aos outros amigos. Mais tarde dois guardas municipais chegaram e conduziram todos os envolvidos a delegacia. De acordo com inspetores da 106aDP, por orientação de um promotor o caso será encaminhado à promotoria publica e não será feito registro de ocorrência.

"Hoje (ontem), por volta de 13h30, um garoto chegou para comprar uma garrafa de cerveja. Agi normalmente pedindo a identidade dele, que realmente era maior de idade. Quando ele saiu da loja, dividiu a bebida com os outros amigos (menores) e todos ficaram sentados na mesa que fica do lado de fora", explicou uma das funcionárias Daniela Rispoli.

Os guardas municipais informaram que chegaram até os garotos através de uma denuncia. "Estávamos na Estrada União Industria fazendo a sinalização quando um homem passou e disse que algumas crianças estavam bebendo na loja. Fomos até o local e constatamos que era verdade. Resolvemos então levar todos para a delegacia", disse o GM Paulo César da Silva.

Na delegacia os inspetores por orientação do Fórum, encaminharam os processo a Promotoria Pública, para uma avaliação, já que segundo os guardas a venda das bebidas foi feita a um maior, por isso a loja não responderá por nada. O caso será acompanhado agora pelo Juiz da Vara da Infância e Juventude, Alexandre Teixeira – onde o maior poderá pagar cestas básicas por aliciar menores.

Para os guardas casos como esse acontecem principalmente em Itaipava. "Esse não é o meu serviço. A Ronda Escolar, que normalmente realiza esse trabalho, e mesmo assim vejo muita coisa. Aqui nas redondezas diariamente pegamos menores bebendo. Eles costumam sair da escola e ir para os bares, os pais devem ficar mais atentos", disse Paulo César.

Já a funcionária da loja, Daniela, relatou que muitos estudantes tentam arranjar desculpas, dizendo que não estão com a identidade no momento, mas são maiores. "Quase todos os dias, aparece um adolescente aqui querendo bebida, quando eu peço a identidade eles dizem que esqueceram em casa, deixaram no carro, entre outras desculpas. Quando eu digo que sem a identidade não posso vender, eles saem com raiva, e até xingando as funcionárias. Mas não podemos fazer nada, é o nosso trabalho, e é o correto", completou.

O artigo 243, da lei 1021, do Código Penal brasileiro, diz que Vender, fornecer ainda que gratuitamente, ministrar ou entregar, de qualquer forma, a criança ou adolescente, sem justa causa, produtos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica, ainda que por utilização indevida. Pena – detenção de dois anos, e multa, se o fato não constitui crime mais grave.

Fonte: Diério de Petrópolis

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