segunda-feira, outubro 22, 2007

Excesso de velocidade,imprudência e bebida,lideram lista de causas

Para o coordenador do Grupo Petrópolis Resgate, Renato de Sá, somente a conscientização dosmotoristas vai reduzir as estatísticas da violência no trânsito. Acidentes são registrados em toda a cidade. Sobre os perigos da Barão, ele diz prudência reduziria acidentes.

Somente conscientização pode mudar estatísticas de acidentes

Com uma experiência de cerca de oito anos no resgate de vítimas de acidentes e vendo de perto as condições de motoristas envolvidos em colisões, o coordenador do Grupo Petrópolis Resgate, Renato Ghiggino de Sá, avalia que mais importante do que adotar medidas em relação às condições das pistas, é conscientizar motoristas sobre os riscos da imprudência ao volante. O coordenador do Grupo ressalta, entretanto, que a principal responsabilidade é dos pais, uma vez que a violência no trânsito vem crescendo principalmente entre adolescentes e jovens.

A análise do coordenador condiz com a estatística da Secretaria Municipal de Saúde que mostra que, em 2006, foram registrados 674 acidentes de moto dos quais mais de 60% das vítimas eram adolescentes e jovens com idade entre 15 e 29 anos. No mesmo ano, foram 683 acidentes de carro, e quase 30% tinham condutores com idade entre 20 e 29 anos. Ao todo, 62 pessoas morreram em acidentes em diferentes pontos da cidade (inclusive BR-040). "Estes números só serão reduzidos a partir do momento que as famílias dos motoristas se envolverem e se responsabilizarem quando entregam um veículo nas mãos de seus filhos. Esta é a responsabilidade maior, pois a orientação chamada de EDUCAÇÃO começa dentro de nossas casas e deve ter continuidade nas rua através de fiscalização rigorosa e campanhas educativas", afirma.

Renato Ghiggino lembra que a maior parte dos acidentes graves acontecem nos fins de semana, nos horários entre 4h e 6h da manhã, quando jovens saem de festas, boates e casas de shows. Segundo o coordenador do Grupo, a maior parte dos acidentes tem como origem o abuso de bebida e de velocidade. "Ao ingerir álcool, a pessoa passa por uma completa transformação, com derivações de humor, raciocínio e a razão, motivo este que tem levado cada vez mais cedo a vida das pessoas", diz. Mas não é só o álcool o grande vilão da história. Segundo ele, o excesso de velocidade, principalmente onde existem vias sem obstáculos, como redutores ou radares, também é grande causador de acidentes. "Isto ocorre em todo o território nacional só que não vemos, pois somente quando um grande acidente ocorre existe uma divulgação maciça dos meios de comunicação", diz.

Ao todo, no ano passado foram registrados 1997 acidentes. Os atendimentos às vítimas de politraumatismos geraram um custo de mais de R$ 5 milhões ao setor de emergência do Hospital Santa Teresa, responsável pelo atendimento dos casos. Estatísticas da Polícia Militar apontam que entre os meses de janeiro e setembro deste ano foram registrados 375 acidentes com vítimas, e 1017 colisões sem vítimas.

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