quinta-feira, fevereiro 16, 2006

CAMPANHA CONTRA A DENGUE ESBARRA NA DESINFORMAÇÃO

O trabalho da equipe do Programa Municipal de Controle da Dengue tem esbarrado em um grande problema: a desinformação da população. Só nesse ano, 4.646 dos 14.640 imóveis visitados (31,74%) deixaram de ser vistoriados pelos agentes ou porque não havia ninguém na casa ou porque os moradores não autorizaram a entrada da equipe. Para o gerente técnico operacional do programa, Paulo Mussel, a dificuldade é uma ameaça à campanha de prevenção, que vem mantendo o Aedes Aegypti sob constante monitoramento.Segundo Paulo Mussel, a dificuldade para entrar nos imóvel não é um problema novo. Em 2005, 23,82% dos 114.228 imóveis listados deixaram de ser vistoriados. "É um número muito alto, mas que poderia ser reduzido se as pessoas se conscientizassem da importância da campanha", disse ele, lembrando que Petrópolis não registra um único caso local da doença desde 2002, quando uma epidemia assolou o estado do Rio. "Temos conseguido manter o vetor sob controle. Nesse ano, foram apenas oito notificações, todas de pessoas de fora da cidade, mas nenhum caso foi confirmado", ressalta.Ele explica que a preocupação é controlar a presença do mosquito nas diferentes localidades do município. "Instalamos mais de 300 armadilhas no município. Elas são recolhidas e repostas semanalmente, a fim de que possamos mapear os pontos onde há entrada do vetor", revela. É nas áreas onde o mosquito é localizado que os agentes de saúde concentram seus trabalhos. "Isso facilita o serviço, mas o resultado do trabalho fica prejudicado se as pessoas não nos ajudam", explica. Ele lembra que 80 e 90% dos criadouros do mosquito na cidade são localizados dentro das residências.Para checar se o agente é mesmo integrante da equipe de combate ao Aedes Aegypti, qualquer pessoa pode checar informações do crachá, que contém a logomarca da prefeitura e do programa, ou solicitar dados pelo telefone (24) 2221-2212, ramal 260. Todos os agentes usam bolsa com a logomarca da Prefeitura e camisa com o símbolo do programa. "É importante que a população ajude", disse Mussel..

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