Segundo o sindicalista, a desconfiança é de que os postos de maior porte estariam conseguindo pressionar os postos menores a aumentarem o preço, impedindo a livre concorrência. "Ao que parece, está havendo uma chantagem porque, como eles têm dinheiro, eles podem falir qualquer outro posto da cidade abaixando radicalmente o preço dos combustíveis", denuncia Cardoso. Até o momento, não há informações sobre a denúncia de proprietários de posto de que estariam sendo pressionados.
Enquanto em Petrópolis, a gasolina comum é vendida em média a R$ 2,65 (há postos que vendem a R$ 2,70), em Três Rios, a média é de R$ 2,55. Além disso, os clientes ganham, além do cafezinho, lavagem do carro, troca de óleo e calibragem de pneus. "O dono de posto tem que conquistar o cliente", receita o dono do posto de gasolina Auto Posto Mil, Anderson Kleber Aquino, de Três Rios, que se surpreende com o preço praticado em Petrópolis. "Se eu vendesse gasolina a R$ 2,70 já estaria rico", disse o empresário que compra gasolina da Ale do Rio de Janeiro. "O frete que eu pago é incluído no preço final do combustível. O frete em Petrópolis deve ser de uns R$ 200, enquanto eu pago aqui R$ 300", disse Aquino - que vende a gasolina por R$ 2,55 - ao saber que donos de postos de Petrópolis põe a culpa no frete pelo alto preço.
O gás natural veicular em Petrópolis custa de R$ 1,59 a R$ 1,65. Já no Rio de Janeiro, custa R$ 1,34. Não há custo de frete, já que o gás é distribuído por gasoduto. "O mesmo gás vendido em Petrópolis, é vendido em todo o restante do estado e pelo mesmo preço", informa a assessoria de Imprensa da Companhia Estadual de Gás. O preço final depende da concorrência.
Um comentário:
O conhecido cartel dos postos de gasolina em Petrópolis... cadê o Ministério Público???
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