terça-feira, dezembro 04, 2007

Rio Piabanha sofre com assoreamento e lixo

O Globo hoje:

Margens estão ocupadas por mais de 450 casas em Petrópolis, afetando um dos principais afluentes do Paraíba do Sul

Rogério Daflon

Mais de 450 casas construídas irregularmente às margens do Rio Piabanha, em Petrópolis, estão ajudando a provocar o assoreamento de um dos principais afluentes do Paraíba do Sul. Segundo Yara Valverde, ex-presidente do Instituto Estadual de Florestas (IEF) e moradora de Petrópolis, o risco de enchentes é grande, por causa da quantidade de lixo nas águas. O Ministério Público estadual confirmou que há várias ações contra a invasão das margens, no distrito de Pedro do Rio até a Ponte do ArranhaCéu, que marca a divisa com outro distrito, Itaipava, um dos locais de veraneio mais procurados do estado.

Há tipos diferentes de imóveis: desde barracos a lojas e até uma marmoraria na Estrada União Indústria. O dono do estabelecimento, Tadeu Raul, afirmou que seu negócio não causa qualquer assoreamento no rio. O problema, segundo ele, mora ao lado: — O problema aqui foi o vizinho.

Ele deixou cair na água uma bambuzeira (bambus colados) que mudou o curso do rio e fez com que ele se aproximasse do meu terreno — disse o proprietário da marmoraria, que admitiu já ter recebido multa da Superintendência Estadual de Rios e Lagoas (Serla). — Mas eu estou legal, possuo CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica).

Além de pequenos comerciantes e da marmoraria, há também boas casas de alvenaria bem próximas ao rio.

— O assoreamento do Rio Piabanha é flagrante — afirmou Yara Valverde.

Nenhum comentário: