quinta-feira, abril 03, 2008

Dengue preocupa médicos petropolitanos

A dengue tem trazido pânico não só para os moradores do Estado do Rio de Janeiro, em Petrópolis, mesmo sem apresentar risco de proliferação, os profissionais de saúde têm lidado diariamente com a doença. A epidemia já está afetando os petropolitanos, pois alguns hospitais já não tem vagas para internação, devido a ocupação dos leitos por moradores da Baixada Fluminense. Esse é o caso do SMH que já não possui vagas para internação desde ontem, por estar recebendo pacientes de Xerém, Duque de Caxias, Magé e Piabetá. A Secretaria de Saúde do município divulgou que só no mês de março (até o dia 20) foram registrados 30 casos de contaminação de dengue em Petrópolis. Porém, o Hospital Santa Teresa, por exemplo, registrou que em Março foram atendidas 55 pessoas com a doença. A média de atendimentos do ano passado era de seis a sete casos por mês.

"No Rio de Janeiro estamos vivendo o caos, a epidemia já está instalada. Mesmo com o auxilio das forças armadas as tendas de atendimentos não estão dando conta. Acredito que o natural é que as pessoas de Magé, Piabetá e Caxias venham pra cá. Mas os hospitais de Petrópolis tanto os particulares quantos os municipais estão equipados para receber esses pacientes. Mas essa epidemia deve se estender até maio, por isso precisamos de medidas efetivas de controle da doença.", disse o infectologista e membro do departamento de infectologia da sociedade brasileira de pediatria, Paulo César Guimarães.

A Secretaria de Saúde de São José do Vale do Rio Preto confirmou que há quatro pessoas com suspeita de dengue no local. "Nós temos quatro casos com diagnostico da doença, porque nos primeiros exames esses pacientes estão com o número de plaquetas baixo. Mas só poderemos confirmar se é dengue ou não depois dos resultados da analise laboratorial.", revelou o secretário de saúde, Roberto Vieira.

Os petropolitanos devem ficar atentos aos sintomas, pois o jornalista Ivaldo Costa foi diagnosticado na última quinta-feira com dengue, mas anteontem descobriu que estava com problemas de circulação na perna.

"Foram seis dias de pânico indo ao hospital todos os dias tomando soro e fazendo exame de sangue. Com o passar dos dias eu comecei a me sentir melhor e procurei um angiologista que confirmou que o meu problema não era dengue e sim de circulação. As pessoas e os médicos devem ficar atentos aos sintomas, pois os da dengue são semelhantes aos de outras doenças para não acontecer erros como o que eu sofri.", alerta o jornalista.

O infectologista, Paulo César Guimarães orienta a população para procurar atendimento médico diante dos seguintes sintomas: febre alta, náuseas, vômitos, dor nos olhos, cansaço, dores no corpo, de cabeça, principalmente nos músculos e nas articulações. Também podem aparecer manchas vermelhas pelo corpo e, em alguns casos, sangramento, mais comum nas gengivas.

"São quatro tipos do vírus a DEN 01, DEN 02, DEN 03 e DEN 04, mas o que parece estar predominando no Estado é a do tipo 02. Se a pessoa apresentar esses sintomas devem procurar o médico para que seja feito um hemograma completo que identifique qual o tipo da doença. Uma vez diagnosticada a pessoa com a dengue clássica precisa de repouso de até dez dias e se hidratar. Beber no mínimo quatro litros de água por dia.", explicou Paulo César Guimarães.

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