sábado, janeiro 24, 2009

Histórias de Madame Machado

Bairro de Itaipava inspira nome de banda carioca. Associação de moradores reivindica melhorias


Bema Gonzalez e Antonio Alves de Lima Filho não se conhecem, mas têm parte da história de Madame Machado, bairro de Itaipava, em comum.
O primeiro é vocalista e guitarrista de uma banda carioca homônima; o segundo, presidente da associação de moradores do bairro. Enquanto a Madame Machado se apresenta neste sábado no palco do Oi Noites Cariocas, no Rio, seu Antonio do Fusquinha Amarelo, como é mais conhecido, luta para registrar a associação e firmar um convênio com a nova prefeitura de Petrópolis.
— A associação ficaria responsável pela manutenção do prédio da sede, pela limpeza das ruas do bairro e pela ponte entre a comunidade e a prefeitura. Em contrapartida, a prefeitura nos forneceria dois garis e uma atendente — explica seu Antonio.
— Estamos esperando as águas baixarem para agendarmos um encontro com o novo prefeito.
As reivindicações parecem poucas para o lugar que mais sofreu com as chuvas do último carnaval, deixando seis mortos no bairro e dezenas de desabrigados. Mas o que Bema tem a ver com isso? Alheio à situação atual da região, o músico explica por que deu o nome de Madame Machado à sua banda.
— Tinha uma casa em Itaipava quando era criança, e sempre via o ônibus da linha Madame Machado passar.
Este nome ficou na minha cabeça — lembra Bema, líder da banda de skacore surf’n roll, formada ainda por Marakinho (voz e guitarra), Butt (bateria) e Lage (baixo), que lançou, em 2008, seu primeiro CD “Sem pedir pra entrar”.
Coincidência ou não, foi a própria linha que deu nome ao bairro décadas antes, como conta seu Antonio, memóriaviva de 83 anos, 48 deles em Madame Machado.
— Com o progresso, o povo exigiu o ônibus. O então prefeito Jamil Sabrá batizou a linha em homenagem à Madame Machado, esposa do médico português José da Gama Machado, dono da Fazenda Nova Constância, de 70 alqueires, que posteriormente foi loteada, dando origem ao bairro — conta seu Antonio, que, até então, não sabia da existência da banda carioca.
Agora, Bema já sabe de onde veio aquele ônibus que via quando criança, e seu Antonio, que a banda carioca continua a levar o nome de Madame Machado por uma estrada de sucesso. Em 2008, o grupo tocou em São Paulo, Minas Gerais e Paraná.
Na terça, faz show no Humaitá Pra Peixe, no Rio. Só falta mesmo tocar em Itaipava.
Madame Machado está de portas abertas. Não precisa nem pedir para entrar.
Fonte: O Globo Serra

2 comentários:

Unknown disse...

Conheci o senhor Antonio e Dr Luiz Eduardo , na contrição do condomínio, tenho muitas saudades da madame machado , ano 1978 .

Anônimo disse...

Vivi minha infância nesse bairro ainda criança conheci a Madame Machado e seu marido Dr José da Gama Machado