domingo, julho 10, 2005

Ih, sumiu!

Não dá para disfarçar o olhar desconfiado para o vizinho de porta ao ecoar na cabeça a pergunta: será que foi ele? Quando jornais ou revistas começam a sumir da soleira, o primeiro suspeito é o morador ao lado. Quando são muitos, então, é caso para Sherlock Holmes. E há quem acredite que nem o detetive inglês seria capaz de desvendar o mistério: este é o tipo de questão melindrosa num condomínio. Tem até quem não se queixa, para evitar uma saia justa com a vizinhança. O fato é que, quando o assunto é roubo de jornais e revistas, todo assinante tem um caso para contar. Ainda mais nesta época de férias escolares, quando parte da molecada costuma fazer travessuras, como trocar exemplares de apartamentos, diz Manoel Maia, presidente do Conselho Deliberativo da Associação Brasileira das Administradoras de Imóveis (Abadi): — Muitas vezes a suspeita recai, injustamente, sobre o vizinho de porta. Num dos prédios que administro, descobrimos que um morador andava por vários andares pegando jornais. É uma situação sempre desconfortável.

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