sexta-feira, julho 31, 2009

Por questão de saúde, aulas recomeçam dia 10

No município há cerca de 85 colégios privados, conveniados ao sindicato, e todos vão prorrogar as férias. Dentre as universidades, apenas a Estácio de Sá mantém as atividades normais, que começaram desde a segunda-feira, 27.
Os mais de 13 mil estudantes das instituições particulares terão uma semana a mais de férias. De acordo com o delegado do Sindicato das Escolas Particulares de Petrópolis, Carlos José Machado, cada colégio terá autonomia para decidir o que fazer, mas é sugerido que siga a recomendação da prefeitura. “A todos os donos de escola que me procuram recomendo que adiem a volta às aulas. Até porque o calendário exigido pelo MEC, que são 200 dias de aulas, dá para ser cumprido. A maior dificuldade, porém, são com as 2 mil crianças que dependem das creches, mas, ainda assim, elas também só voltarão dia 10”.
A Universidade Católica de Petrópolis informa que as aulas estão suspensas na próxima semana para todos os seus 4 mil alunos. Além disso, esclarece que, apesar da relevância da Avaliação Institucional do Ministério da Educação na UCP, agendada para o período de 3 a 6 de agosto, a medida se faz necessária por tratar-se de questão de interesse coletivo. O Colégio de Aplicação da UCP, assim como o Centro Educacional Professor Alaor e os Colégios São José, Ipiranga e Bom Jesus, os principais privados da cidade, também só retornarão do período de férias no dia 10.
De acordo com as Faculdades de Medicina de Petrópolis e Arthur Sá Earp Neto, a paralisação das atividades se mantém para os 1,5 mil estudantes dos cursos divididos nos cursos de administração, enfermagem, medicina e nutrição, com regreso previsto também para o próximo dia 10.
Apenas a Universidade Estácio de Sá, mantém as aulas para a graduação e pós-graduação, que começaram no dia 27/7, alegando que não houve uma determinação formal para que estas fossem suspensas. Por conta disso, alguns alunos ainda se sentem receosos ao terem que frequentar as aulas numa com o aumento do número de pessoas contaminadas pelos vírus H1N1 no estado. Segundo, Bianca Gavioli, que cursa o período de português e inglês, a principal preocupação é a convivência com outras pessoas em um ambiente fechado. “Acho que a universidade deveria suspender pelo menos por enquanto as aulas até que a situação da doença seja normalizada”, disse.
Para o estudante do 6º período de Direito, Saonam Barros, o risco de contaminação da gripe A em locais onde há um grande número de pessoas reunidas, como nas faculdades, é grande. Porém, a prorrogação das férias poderá prejudicar o período acadêmico. “Acho que as aulas não devem ser interrompidas, mas deveria estar sendo feita uma campanha interna de conscientização na Estácio de Sá”.
O prefeito Paulo Mustrangi cancelou o retorno do período de férias dos 47 mil alunos das 183 unidades escolares da rede pública, em função da epidemia da gripe A. Além disso, a Secretaria de Saúde vai montar tendas de conscientização em pontos do Centro e distribuir panfletos em locais onde existe aglomeração, como cinemas, igrejas e shows.
Fonte: Tribuna de Petrópolis

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