Caminhoneiros querem fechar BR na segunda-feira contra alta do pedágio

Insatisfeitos com o valor do pedágio na BR-040 e preocupados com um possível aumento na tarifa, previsto para o próximo mês, caminhoneiros estão organizando uma manifestação e pretendem fechar na segunda-feira de manhã as duas pistas da rodovia que liga o Rio de Janeiro a Juiz de Fora. A mobilização está marcada para as 6h na altura do quilômetro 61, em Itaipava. O ponto de encontro será no Posto Capivari e a intenção do grupo, que vai mobilizar caminhoneiros de Petrópolis, Três Rios, São José do Vale do Rio Preto e demais motoristas que circulam pela BR-040, é fechar os dois sentidos da estrada por algumas horas. “A intenção é paralisarmos a estrada por pelo menos umas quatro horas, para manifestar a nossa insatisfação com o valor abusivo da tarifa”, explicou o representante da Associação Brasileira dos Caminhoneiros, Jorge Lisboa.
Acostumado a rodar com o caminhão por estradas de todo Brasil, ele avalia que a tarifa de pedágio cobrada pela Concer na BR-040 é uma das mais caras do território nacional. “Se considerarmos o valor do quilômetro rodado, a Concer tem o pedágio mais caro do Brasil. Já estávamos insatisfeitos com isso e agora soubemos que até o dia 20 a tarifa será reajustada entre R$ 0,30 e R$ 0,50, que é um absurdo”, disse, lembrando que atualmente os caminhoneiros pagam tarifa de R$ 7,20 de pedágio por cada eixo do caminhão.
Com isso, o motorista de uma carreta de sete eixos, por exemplo, deixa em apenas uma praça de pedágio da BR-040, R$ 43,20. “A tarifa de pedágio já é muito cara, principalmente se considerarmos o retorno que o caminhoneiro tem dela. Tem carretas de sete e até nove eixos que passam por ali diariamente”, conta, lembrando que o valor do pedágio influi diretamente na vida da cidade. “Petrópolis, que é uma cidade turística importante, hoje sofre com esse preço abusivo do pedágio”, disse.
Jorge Lisboa lembra que o custo pelo valor de pedágio reflete diretamente no preço dos produtos que os cidadãos põem na mesa. “Às vezes a dona de casa, por exemplo, pensa que o preço do pedágio não tem nada a ver com a realidade dela, mas esquece que a tarifa vai onerar o preço do trigo que ela compra para a família dela. Quem autoriza o aumento é a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), mas no final quem paga a conta é o consumidor”, frisa.
Fonte: Tribuna de Petrópolis