quarta-feira, junho 20, 2007

Dia do Amigo

Amizade = sentimento de amigo, afeto que liga as pessoas, reciprocidade de afeto, benevolência, amor (Moderno Dicionário da Língua Portuguesa, Michaelis, 1ª edição, 1998, Cia. Melhoramentos de São Paulo, página 132).


Amizade = sentimento fiel de afeição, simpatia, estima ou ternura entre pessoas que geralmente não são ligadas por laços de família ou por atração sexual; entendimento, concordância, fraternidade; benevolência, bondade (Novo Dicionário da Língua Portuguesa, Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, 2ª edição, 1986, Editora Nova Fronteira, página 106).


20 de julho é a data consagrada ao amigo. Depois de muita reflexão, associada ao decurso do tempo e, principalmente, às experiências vivenciadas, concluímos de repente, não mais que de repente, que a sabedoria popular, que é construída ao longo dos anos e fruto de agudíssima observação do dia-a-dia, está absolutamente correta: quem encontrou um amigo, encontrou um tesouro! E que tesouro!

Referimo-nos, é claro, ao verdadeiro, afetuoso, benevolente, simpático, estimado, terno, fraterno, fiel e bondoso amigo, tal como se referem os dicionários aqui indicados a respeito da amizade, esta preciosa conquista que só se consolida com respeito e com fraterno amor, sempre.

Com efeito, só o veraz amigo é capaz de aceitar, com discernimento e compreensão e continuando a nos querer bem, os nossos defeitos e falhas, que são inúmeros e que nós mesmos só enxergamos em parte, quando conseguimos ter isenção suficiente e humildade bastante para perceber e admitir os nossos erros, males e equívocos.

Só ele, o autêntico amigo, é capaz de discordar de nossa opinião e de nossa orientação, com absoluta sinceridade, se entendê-las equivocadas, apontando outros rumos e apresentando novos argumentos, com o objetivo exclusivo de ser útil e de nos auxiliar, verdadeira, fraternal e bondosamente.

É ele, por igual, quem fica feliz quando alcançamos o bem-estar material, com trabalho, disciplina e esforço, e que será estendido à nossa família, assim como é ele quem vibra alegremente com o nosso progresso intelectual e, sobretudo, moral.

Por essas rapidíssimas observações, vê-se, assim, que poucos são os amigos verdadeiros, com os quais podemos contar nos momentos de dificuldade de variada ordem, de ansiedade, de angústia, de medo, de dor e de aflição.

Isto, porém, faz parte do processo evolutivo, a que todos estamos sujeitos, uma vez que o progresso é uma lei natural, que, como toda lei natural, é perfeita e por isso mesmo imutável.

O progresso do ser humano na escala evolutiva é lento e gradual, até porque depende, quando menos, de seu livre-arbítrio, máxime quando vive na Terra, um planeta de provas e expiações, de categoria inferior no Universo, em que não se pode esperar perfeição, conquanto todos os esforços devam ser direcionados para a busca permanente da perfeição relativa e da felicidade suprema, destino final dos seres humanos, através do auto-aperfeiçoamento, diminuindo e de preferência eliminando o orgulho e o egoísmo, as duas maiores chagas da humanidade, que insistem em nos acompanhar e prevalecer em nossas atitudes e decisões.


Essa, talvez, a razão principal de serem tão raros os amigos verdadeiros.

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