quarta-feira, fevereiro 28, 2007

PETROPOLITANOS PREOCUPADOS COM MARQUISES

Pedestres apontam as marquises das Ruas Paulo Barbosa e Souza Franco como menos confiáveis.

A queda da marquise de um edifício em Copacabana, no Rio de Janeiro, na segunda-feira, quando duas pessoas morreram, fez com que a população voltasse os olhos para a questão em Petrópolis, principalmente no Centro Histórico, onde o fluxo de pedestres nas calçadas é muito grande. "O risco está por todo lado e tenho medo de que algo aconteça, principalmente depois do que aconteceu no Rio, e agora estou mais atenta", disse Georgina da Costa Teles, 51.

Ela conta que evita passar em determinados locais, não apenas por conta das marquises, que se tornaram mais um agravante, em sua constante insegurança. "Tenho medo de passar por baixo de andaimes, escadas e todo local que de algum forma algo possa vir a despencar", revelou.

A estudante Teresa Cristina Mello, 24, afirma que nunca se preocupou com a questão das marquises e, mesmo com o incidente de Copacabana, se sente tranqüila nas calçadas do Centro. "Pelo que vi até hoje, as marquises de Petrópolis estão bem conservadas, sempre pintadas, por isso não me preocupo", afirmou.

Indo de encontro às declarações de Teresa Cristina está a avaliação de Maria das Graças Teixeira, 51, que acredita que tudo pode ruir a qualquer instante, mas ao mesmo tempo afirma ser medrosa no dia-a-dia. "Não passo por baixo de escadas, andaimes e em locais que estejam pintando, e sempre tive medo de marquises, afinal, sempre pintam as fachadas dos prédios, mas nunca se vê obras de conservação da estrutura", afirmou.

Ela cita como exemplo a marquise localizada na Rua Paulo Barbosa, na altura do número 84. "É só olhar e ver que o alumínio que enfeita as marquises está se soltando, por isso é preciso muita atenção", disse.

Em situação semelhante está a marquise situada na altura do número 51 da Rua Visconde de Souza Franco, onde passageiros dos coletivos que ali fazem parada se mostram preocupados. "Não dá para saber se está em risco de cair, mas depois de Copacabana fiquei assustado", disse. Em nota oficial, a Secretaria de Fazenda afirmou que atua de maneira periódica na fiscalização relativa à conservação de marquises, assim como fachadas e calçadas, em todo o Centro Histórico e ruas adjacentes. No caso de condomínios que apresentem algum tipo de irregularidade, será feita uma intimação, sendo definido um prazo para execução dos reparos necessários.

No caso do não cumprimento da intimação, o condomínio receberá uma multa que vai de R$ 800 a R$ 2.000 por dia, e denúncias podem ser feitas pelos telefones 2242-6415, 2242-8336 e 2246-9042.

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