segunda-feira, abril 02, 2007

Globo Serra

Há 13 anos, quando a família Albuquerque decidiu se mudar para Petrópolis, a assinatura do GLOBO subiu a Serra junto com eles.

Assinante do jornal desde 1980, a advogada Elizabeth Alves de Albuquerque conta que teve de correr atrás da informação na mudança.

— Quando viemos para cá, soube que não tinham como fazer a entrega por causa da localização da casa.

Para solucionar o problema, o entregador deixava o jornal num boteco, e eu descia para buscá-lo todos os dias. Hoje, deixam na porta da minha casa bem cedo — diz Elizabeth, que se auto-intitula rata de notícias.

Nesse período, também observaram as transformações ocorridas na região, que, desde 2003, acompanham pelo GLOBO-Serra.

— Essa é a grande importância da revista. Temos um caderno só com as notícias da nossa região — afirma ela, que, metade da semana trabalha no Rio.

O marido, Antônio Henriques Albuquerque, aponta como uma das principais mudanças o crescimento dos distritos de Petrópolis, como Itaipava.

— Temos a casa há 27 anos e não havia nada aqui.

Hoje, há o shopping e uma variedade de comércio.

Cresceu um pouco desordenado, mas o poder público está tentando organizar — ressalta ele.

O perfil da população também sofreu muitas mudanças nas últimas décadas.

Albuquerque aponta uma migração de veranistas cariocas para a Região Serrana .

— A população fixa era formada na maioria por nascidos aqui. Agora, muita gente do Rio tem vindo morar na região para criar os filhos e fugir da violência — afirma .

A tranqüilidade encontrada na Serra foi um dos motivos para a saída de Ipanema.

O filho do casal, Eduardo Alves Albuquerque, havia sofrido vários assaltos e pediu para se mudarem.

— Ele sempre gostou muito daqui, vem desde os 10 anos. Casou-se, mudou-se para Nogueira e já nos deu uma neta, Carmel, de 3 anos e meio — diz Elizabeth.

A vida calma, no entanto, não exclui a diversão. Como vêem nas páginas da programação da revista semanal, a cidade tem opções de lazer tanto para jovens quanto para os mais velhos.

— A noite daqui é boa.

Há muitos restaurantes de qualidade e boates. Temos uma vida social mais agitada do que quando morávamos no Rio — afirma Albuqeque .

A família Cunha, de Teresópolis, compartilha a mesma opinião. Waldemiro acredita que especialmente o bairro onde mora, o Alto, mantém o clima e os hábitos de uma cidade pequena.

— Acho que a vida social aqui em Teresópolis, mesmo sem muitas opções de lazer fora de casa, é muito intensa.

Estamos sempre no clube, nas casas dos amigos — afirma ele.

Suzana concorda: — Aqui, as pessoas não têm medo de sair à noite e freqüentam as casas umas das outras. É uma vida social diferente, mais íntima.

Em relação ao crescimento da Região Serrana nos últimos anos, o casal também concorda com a opinião dos Albuquerque.

Morando em Teresópolis há três anos, os Cunha são mais uma família que decidiu viver na cidade em busca de tranqüilidade depois da aposentadoria. No caso, apenas de Suzana, já que Waldemiro desce todos os dias para trabalhar no Rio, na oficina de lanternagem e pintura que mantém no bairro de São Cristóvão, na Zona Norte da cidade.

— Vir morar aqui foi um caminho natural, já que passamos a nossa adolescência vindo para cá. Temos muitos amigos, família, tudo aqui, não precisamos ir ao Rio para quase nada — afirma ele.

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