Conforme a Tribuna já vem publicando
frequentemente, o trânsito em Petrópolis não está nada fácil. Ir de um lado
para o outro da cidade está cada vez mais complicado. Apesar de muita gente
preferir ir para o trabalho ou resolver algum problema no centro da cidade de
carro, há quem prefira o transporte público ou até mesmo tente optar por outros
meios de locomoção. Com mais de 157 mil carros nas ruas da cidade, o radialista
e fotógrafo Alan Pacheco passou a ir para o trabalho de bicicleta.Alan contou à
nossa equipe que sempre foi apaixonado pelo ciclismo e o trânsito caótico foi o
principal motivo para que ele optasse por ir de bicicleta do Retiro, bairro
onde mora, ao centro da cidade, onde trabalha. “Eu uso a bicicleta sim para
fugir do trânsito. Dependendo do percurso ainda chego antes do carro”,
ironizou. Alan disse que a paixão pelo ciclismo começou aos 14 anos, e, para
ele, um carro amenos na rua já significa muito. “Menos um carro contribuindo
para a poluição. E, além disso, faz muito bem à saúde pedalar e fazer atividade
aeróbica. São muitas vantagens num só meio de transporte”, completou. O custo
alto, principalmente do combustível, e a dificuldade de encontrar vaga de
estacionamento também ajudaram Alan a optar pelo transporte público.“Quando não
vou de bicicleta vou até de ônibus. Mas de carro jamais irei trabalhar. Além do
ônibus sair mais em conta, eu ainda não preciso me preocupar com
estacionamento”, concluiu. Também revoltado com o trânsito caótico, o
publicitário Caio Bittencourt, de 28 anos, foi além. Ele criou uma empresa
dentro de casa, para que não precise se deslocar e gastar tempo se desgastando
no trânsito, enfrentando longas filas de congestionamento para chegar ao
trabalho. “Trabalhei em muitas agências, algumas delas tinham totó, sinuca e
formas de entreter, e com isso elas diziam que queriam o bem estar do
empregado. Apesar dos aparatos, existia o clima de estresse e pressão, ainda
mais quando tínhamos que enfrentar a falta de mobilidade nas ruas.A cada dia a
situação piora. Então decidi criar minha empresa, onde nossos colaboradores
possam ser beneficiados com a ausência desse tipo de estresse. Além disso,
tenho a consciência limpa de que estamos contribuindo para que menos carros
circulem nas ruas, ou até mesmo menos um lugar ocupado no ônibus, porque estou
trabalhando de casa”, explicou. Caio agora faz o seu próprio horário e destaca
até outros benefícios que esse tipo de negócio proporciona. “Uns são mais
criativos pela manhã, outros pela tarde, então assim cada um faz seu horário”,
completou. Um outro caso de gente que não quer sair de casa para não ter que
enfrentar a falta de mobilidade urbana é o da estudante Luciane Queiroz, de 22
anos. A jovem optou pelo ensino a distância por questão de facilidade. “Eu
tentei fazer um curso presencial, mas não aguentei nem dois meses. Era muito
estresse, eu moro em Pedro do Rio e tinha que sair de casa três horas antes,
pegar três ônibus para conseguir chegar à faculdade. Depois, a volta para casa
era outro estresse. Então eu decidi aos 21 anos mudar meu estilo de vida.
Trabalho de manhã, a uns três quilômetros de casa.Acordo oito horas, tomo banho
e vou de bicicleta para o trabalho. Substituí a academia pelos exercícios que
faço no meu deslocamento. São seis quilômetros por dia, pelo menos, indo e
voltando para o trabalho. Depois disso, chego na minha casa e faço faculdade
online. Quando termino, por volta da 15h30 ou 16h, eu ainda tenho um tempo
livre. Tempo este que eu perderia dentro de um ônibus ou de um carro”,
concluiu. Com tanta modernidade, não faltam opções para tentar resolver os
problemas sem sair de carro e não precisar se estressar com o trânsito.
Fonte: Tribuna de Petrópolis
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