Nesta segunda-feira, dia 21 de
dezembro, exatamente às 2h48, horário de Brasília, começa o verão, época do ano
que o hemisfério sul fica mais próximo do sol, ou seja, os dias ficam mais
longos e as noites mais curtas. A pergunta que não quer calar no verão de
2015/2016, é se será tão quente como nos dois últimos verões. E a resposta, de
acordo com o Climatempo, é que não necessariamente.
Na verdade, existirão sim dias
mais quentes que o normal, porém não semanas inteiras como foi registrado de
2013/2014 e 2014/2015. Isso porque teremos um índice de chuvas mais próximo do
normal, e não sofreremos tanto com a falta delas, responsáveis por diminuir as
temperaturas, normalmente no fim do dia. O motivo é a influência do El Niño. A
previsão é que a umidade vai se espalhar sobre Petrópolis e com o calor as
nuvens vão aumentar.
Outra mudança é que nos anos
anteriores as condições do Pacífico e Atlântico Sul favoreceram a situação de
bloqueios oceânicos, que desencadearam os bloqueios atmosféricos, de modo que
as frentes frias não conseguiram avançar pelo país. Desta forma, foram
registradas semanas sem muita chuva e, consequentemente, muito quentes. Daí,
tivemos as altíssimas temperaturas no Sudeste e no Centro-Oeste, além do Norte
e do Nordeste. Já a situação oceânica deste ano é bem diferente dos anos
passados.
Petrópolis deve estar atenta
aos boletins do tempo, porque no verão há chance das pancadas de chuva em
alguns dias ocorrerem em forma de temporal, com rajadas de vento e até raios.
Os moradores das áreas que já são conhecidas na cidade por deslizamentos devem
portanto ficar em alerta.
“Em anos de El Niño como este
(um dos mais fortes de todos os tempos), não falta calor (foi assim no inverno
e na primavera). Em geral, esse fenômeno climático provoca chuva demais no Sul
e escassez de água no Nordeste e em parte das regiões Norte, Sudeste e
Centro-Oeste (áreas mais ao norte dessas duas últimas). No entanto, para termos
calor demais como nos últimos verões, deveríamos ter escassez de chuva durante
várias semanas seguidas em São Paulo, Rio e Minas – situação esta que o El Niño
não permite, na maior parte do tempo”, explicou Alexandre Nascimento,
meteorologista da Climatempo.
Em janeiro, a previsão é que a
maior parte da chuva do país ficará (novamente) concentrada sobre o Sul, São
Paulo, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. Com isso, a temperatura fica perto do
normal ou um pouco abaixo da normalidade. Rio, sul de Minas e de Goiás ficam um
pouco mais secos que o normal e com temperatura perto da normalidade. Norte e
Nordeste e restante do Centro-Oeste mais secos e mais quentes que a média. Em
fevereiro, a chuva se espalha pelo país, provavelmente devido à influência mais
fraca do El Niño neste mês de dezembro e às condições do Atlântico. Já em
março, serão registrados muitos temporais em Santa Catarina, no Paraná, na
maior parte do Sudeste e na Bahia. O tempo segue firme e mais seco que a média
no restante do Nordeste, no Centro-Oeste e no Norte. A temperatura pode
disparar em algumas semanas em todo o país.
Em um país tropical como o
Brasil, o verão é uma estação esperada devido a vários aspectos. É nesta época
do ano que produtos sazonais como sorvetes, bebidas em geral, turismo litorâneo
e vendas de produtos de climatização disparam, mas se tiver calor. É nesta
época também que as principais culturas agrícolas se desenvolvem e os grandes
reservatórios de abastecimento e geração de energia enchem, mas se
chover.
Fonte: Tribuna de Petrópolis
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