Paulo de Almeida de 58 anos, está
internado no P.S desde a última sexta-feira e de acordo com os
familiares, precisa ser levado para a U.T.I o mais rápido possível.
Desde que foi atendido, o homem sofreu um ataque cardíaco, duas paradas
respiratórias, pegou uma infecção e perdeu o funcionamento de um dos
rins.
“Ele está com febre alta devido a
infecção, já tem o pulmão comprometido e está muito aflito pois o local é
muito barulhento. Todas as vezes meu pai acorda chorando com expressão
de desespero por estar aqui. Os médicos afirmam que a transferência é
necessária, mas a funcionária só nos disse que só terá vaga quando
alguém que está internado no Hospital Alcides Carneiro morrer. Imagina
se isso é coisa que se diga ou jeito de tratar familiares aflitos”,
reclamou indignada a filha Renata da Silva de Almeida.
A balconista que veio para Petrópolis
apenas para acompanhar o pai mora em Juiz de Fora, e disse estar
impressionada com a falta de educação na hora de tratar os pacientes e
seus parentes. “Estamos atordoados por causa do estado do meu pai e
ainda precisamos ouvir um absurdo desses? Além de não conseguirmos vagas
somos obrigados a ser desrespeitados”, disse.
Segundo Iracema de Almeida um rapaz
vítima de um acidente de moto foi colocado em uma cadeira no corredor
para ser atendido. “Não tem maca! O paciente estava todo ralado, cheio
de dor, sentado em um banco. Estou muito preocupada com o meu irmão
devido a infecção e os outros problemas e ainda flagro uma cena dessas, é
de partir o coração e deixar a gente ainda mais apavorado”, ressaltou.
Já Sonia Regina do Carmo se mostrou
revoltada com o tempo de espera para conseguir marcar uma consulta com
um ortopedista. “Só tem vaga para dezembro e mesmo assim não sei se vou
conseguir. Estou na fila há mais de uma hora em pé e até agora não fui
chamada. Estou afastada do emprego devido ao meu problema de saúde e
preciso dessa consulta para ter um laudo comprovando a minha situação e
não consigo agendar”, disse.
O mesmo se repetiu com a aposentada de
77 anos, Albertina Ferreira que estava há duas horas na fila. “Como
tenho mais idade o corpo começa a doer depois de tanto tempo em pé. O
calor de hoje também não está ajudando e não sei se aguento esperar
mais, o problema é que preciso marcar com um ortopedista. Sinceramente
não sei o que fazer, até porque os funcionários não nos dão nenhuma
previsão”, contou desolada.
Para Luis Antônio Alves, que estava com a
senha de número 200, a espera prometia ser ainda pior. “Cheguei logo
pela manhã e até agora nada. Não veio ninguém perguntar se estávamos
bem, se precisávamos de cadeira ou água por exemplo. Muitos assim como
eu são idosos e não tem condições de passar por isso, mesmo assim não
recebemos nenhuma ajuda por aqui. O jeito é esperar e rezar para que
apesar de tudo eu consiga marcar a consulta”, relatou.
Fonte: Tribuna de Petrópolis
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