Quem diria que
aqueles dentinhos que a gente fala para a criançada deixar debaixo do
travesseiro poderia revolucionar a medicina. Sim, os dentes de leite não
alimentam apenas a imaginação infantil sobre a fada do dente, como também a de
muitos cientistas ao redor do mundo que estão transformando as células-tronco
de sua polpa em diferentes tecidos do nosso corpo, como ossos, cartilagens,
músculos, órgãos, entre outros. Sabendo disso, cuidar dos dentes de leite é
importante para todos e fundamental para quem quer guardar suas células-tronco
e se prevenir para o futuro.
Mas e aí? Como
funciona a extração do dentinho para guardar as suas células? Abaixo, seguem
cinco dicas feitas pela R-Crio, Centro de Tecnologia Celular especializado em
armazenar as células-tronco dos dentes de leite.
1- Extração: nada de
amarrar barbantes, linhas, fio dental e arrancar o dentinho no
tranco
Todo tesouro deve ser
bem cuidado. As células-tronco são muito especiais, mas não podem ser retiradas
de um dentinho que já caiu. Não vale fazer a extração de qualquer
jeito, em qualquer lugar e por qualquer pessoa; ela deve ser feita por um
dentista confiável, com toda experiência e que esteja credenciado a um Centro
de Tecnologia Celular (CTC).
2- Higiene é
fundamental
Na nossa boca estão presentes
diversas bactérias que podem comprometer o dente quando retirado em casa. O
dentista é o melhor profissional para orientar e fazer a extração. Ela deve
ocorrer quando o dentinho ainda possuir um terço da raiz ou estiver
aparentemente mole. Isso também pode evitar quaisquer possíveis traumas à
criança.
Para garantir a
qualidade do material, o dentinho precisa ser extraído por um dentista no
consultório. Após esse procedimento, o material deve ser enviado em até 48
horas para o laboratório, onde as células-tronco serão extraídas e
multiplicadas, além de passarem por testes que comprovarão sua qualidade e
aplicabilidade. Ou seja, não valem dentinhos deixados no travesseiro,
caixinhas ou gavetas para “recordação”.
3- Armazenamento: a
fada do dente fica no laboratório
É no laboratório que
a mágica acontece. Lá as células-tronco são extraídas e expandidas, para no
final serem armazenadas em tanques de nitrogênio líquido, a -196°C. O
armazenamento deve, necessariamente, ser feito junto a um Centro de Tecnologia
Celular (CTC) especializado em células-tronco de polpa de dente de leite, que
esteja credenciado ao Conselho Federal de Odontologia (CFO) e tenha as licenças
de funcionamento emitidas pela Anvisa. A R-Crio, Centro de Tecnologia Celular
especializado em armazenar as células-tronco do dente de leite com laboratório
em Campinas (SP), já nasceu com esse propósito e atua no Brasil inteiro.
4- Regeneração: de
olho na medicina do futuro
Por apresentarem
grande potencial para auxiliar na regeneração de diversos tecidos humanos,
atualmente diversas pesquisas com células-tronco estão sendo realizadas. Ao
extrair e armazenar as células do dentinho do seu filho, você – mãe ou pai –
está assegurando a possibilidade de tratamentos inovadores com base nas
pesquisas que envolvem a medicina regenerativa, em caso de futura necessidade,
inclusive no tratamento de diabetes, Alzheimer, problemas cardíacos, entre
outros problemas.
5- Referências: o
dente de leite levou nossos cientistas à Nasa
De acordo com dados
do National Institutes of Health (NIH), existem no mundo mais de cinco mil
testes clínicos com células-tronco, em estágio avançado. Somente em 2015 foram
feitos mais de 533 estudos clínicos utilizando as células-tronco mesenquimais,
boa parte delas provenientes da polpa do dente de leite. As pesquisas sobre
células-tronco mesenquimais foram abordadas em abril deste ano no Space Life
Sciences Laboratory (uma parceria entre o Governo da Flórida e a NASA), nos
Estados Unidos por especialistas da R-Crio, que foram convidados para se
apresentarem por lá. E a parceria não parou por aí. Juntos, muitas novidades
sobre ciência e educação estão por vir.
Fonte: Diário de Petrópolis
Nenhum comentário:
Postar um comentário