segunda-feira, junho 20, 2016

Frio aumenta risco para saúde animal


O frio vem assustando muita gente nas últimas semanas e pode trazer prejuízos a saúde de todos. O mesmo acontece com os bichos. Eles também ficam mais suscetíveis a doenças típicas do inverno, como a gripe. Mas há uma boa notícia: é possível vacinar e prevenir os animais contra esses problemas. E isso pode ser feito para gerar efeito ainda para a época gelada desse ano.


– Existe uma vacina que previne os animais contra as gripes. São três tipos: Adenovírus tipo 2, Vírus da Parainfluenza e Bordetella bonchiséptica. Com a chegada do frio, do inverno, os cães ficam mais suscetíveis a ter essa doença, pelo menos uns 30% mais suscetíveis. Além de outras doenças que vacinas também protegem, como a Cinomose, Parvovirose e Coronavirose – explica o veterinário Felipe Miloski.

– Tomar a vacina agora é válido. Em três dias o animal já apresenta resposta para a vacina de gripe. Se ele tomar a vacina hoje, em três dias ele fica livre da gripe. Vale a pena vacinar pensando no frio de amanhã, de daqui uma semana – continua.


Tosse seca, secreções nasais e espirros (acompanhados pela impressão de que o cão está engasgado) são alguns dos principais sinais da gripe em cães. Nos casos mais graves da doença, sintomas como febres, secreções oculares, anorexia, apatia, fraqueza e desidratação também podem se manifestar e, caso o animal não seja tratado, pode se instalar um quadro de pneumonia; que pode levar o pet ao óbito.

“Tomar a vacina agora é válido. Em três dias o animal já apresenta resposta para a vacina de gripe”
Felipe Miloski – veterinário

Na clínica de Miloski, a My Pet, que fica na Rua Dr. Paulo Hervê, nº 1.303 – Bingen, o veterinário oferece a vacina contra a gripe canina, que é chamada de “Bronchi-Shild III”. Ela estimula a produção de anticorpos e pode ser aplicada em animais a partir de oito semanas de vida.

Calendário de vacinação

Além disso, é possível fazer um calendário de vacinas e prevenir contra as demais doenças. São três etapas (cinco vacinas no total), que podem ser iniciadas a partir de seis semanas de vida.


A primeira dose previne da Cinomose, da Hepatite Canina, de doenças respiratórias, da Parainfluenza, da Parvovirose e da Coronavirose. Além dessas doenças virais, a vacina também protege contra dois tipos de Leptospirose.


Na segunda fase, aplicada com espaço de três semanas, nova dose da primeira vacina e a Bronchi-Shild III. Por fim, com diferença mais uma vez a primeira vacina e a “Defensor”, contra a raiva. A programação ainda inclui um reforço anual das três formas de proteção.


– Se a gente fizer um esquema de vacinação, o animal não adoece. Esse esquema independe da raça – garante Miloski. O custo para cuidar da saúde do animal é de R$ 70 cada uma e não é preciso agendar.
A My Pet ainda oferece uma vacina especifica para felinos, que protege contra a Rinotraqueíte (sintomas respiratórios, semelhantes a da gripe humana), Panleucopenia (também conhecida como “Aids felina”, que provoca diarréias, vômitos, febres e até quadros depressivos) e Calicivirose (provoca aftas de machucados na boca e na gengiva), outras doenças com incidência maior por causa do frio.

Tratamento para os animais adoecidos

Se o animal adoecer, o tratamento é de suporte. Muitos vírus não são combatidos. Assim, é preciso ir nos sintomas.


– Como é viral, a gente não consegue combater o vírus na maioria das vezes. No caso da parvovirose, por exemplo, que ataca as microvilosidades intestinais, destruindo essas microvilosidades e impedindo a absorção dos alimentos, o que causa a diarreia com sangue. Se o animal resistir à passagem do vírus, ele sobrevive. O problema é que, durante esse tempo, uns 10 a 15 dias, o animal fica muito debilitado – explica Miloski. O tratamento para esse caso é aplicação soro, antibiótico e alimentação pela veia.


Na Cinomose, não há internação pelo alto risco de contágio e pela dificuldade de reversão dos sintomas quando se chega à fase de agressões ao sistema nervoso. As gripes também se previnem com antibióticos.
Apesar de não serem feitas internações na My Pet, se o animal apresentar algum dos sintomas, ele deve ser levado à clínica para indicação veterinária.

NÚMEROS

Cinomose


Extremamente contagiosa, a cinomose é uma das doenças mais perigosas e agressivas do mundo dos cachorros. Apresenta três estágios: primeiro, o vírus se instala no sistema intestinal, provocando diarreia; em seguida, passa para o sistema respiratório, com corrimento nasal e ocular, além de espirros; e na pior fase (e o mais nítido), agride o sistema nervoso, como tremores, andar cambaleante, batidas da cabeça.

Parvovirose


Outra doença contagiosa, a partir do contato com excrementos de um cão contaminado. O vírus ataca das microvilosidades intestinais do animal. O sintoma mais claro é diarreia com sangue e vômito.

Coronavirose


Também ataca o intestino do bicho e tem sintomas e forma de contágio parecidos com a parvovirose. Mas além desses, o cachorro pode ter desidratação, perda de apetite, febre, anemia, cólica e apatia.

Leptospirose canina


É uma doença que se instala nos rins e é transmitida no contato com a urina de um animal infectado. O aspecto amarelado do cachorro (por exemplo, nos olhos, na orelha, na barriga e nas mucosas).

Fonte: Diário de Petrópolis

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