A partir do dia 1° de setembro
o preço da botija de gás terá um reajuste de 10% previsto pela Agência Nacional
do Petróleo Gás Natural e Biocombustíveis. A notícia desagradou os
petropolitanos, que já pagam o preço mais caro das três principais cidades da região
Serrana do Rio de Janeiro e o terceiro mais caro de todo o estado. As donas de
casa, assim como os comerciantes, atribuem o aumento à crise que o país
enfrenta.
Uma pesquisa feita pela ANP
aponta que nos sete pontos de vendas em Petrópolis o preço mínimo é de R$ 50,66
e o preço máximo corresponde a R$ 54,80. Porém, os consumidores afirmam que
pagam pela botija atualmente R$ 55,00. Ainda de acordo com os dados da ANP, em
Teresópolis é cobrado o valor mínimo de R$ 44,17 e o máximo de R$ 45,00, já em
Nova Friburgo é pago pela botija R$ 53,20 a R$ 54,00.
Segundo informações de um
depósito do derivado na cidade, o aviso já foi feito pela ANP e o que está
previsto inicialmente é o aumento de 10%, equivalente a R$ 5,48 (seguindo a
tabela da ANP) nos locais mais caros. O gás também pode ser comprado direto no
depósito pelo valor de R$ 40,00.
A proprietária de um
restaurante na Rua Alencar Lima, Priscila Passaron, disse que para o comércio a
botija está ficando inviável e contou que gastava cerca de duas por dia. “Para
nós que trabalhamos com o gás diariamente o aumento pesa muito”, diz.
Priscila, que atribuiu o
aumento à crise que o país enfrenta, contou que devido ao gastos optou por
utilizar o gás encanado e ainda ressaltou a economia. Segundo ela, atualmente
gasta de R$ 1 mil a R$ 1.200 mensais e a economia (partindo do preço de
entrega) gira em torno de dois mil reais. “O uso do gás encanado também evita o
desperdício, já que algumas botijas acabavam congelando”, fala.
Gisele Miranda de
Oliveira Carius é autônoma e trabalha com a produção de bolos e doces e disse
que gasta, em média, duas botijas por mês e para continuar a ter lucro nas
vendas conta que, consequentemente, terá que aumentar o preço da mercadoria.
“Eu preciso seguir os reajustes, senão vou ter prejuízo”, diz.
Gisele se espantou com a taxa
de entrega em domicílio e contou ainda que não sabia que a compra feita direto
no depósito tinha um desconto. “O valor da entrega de R$ 15,00 é muito alto”,
afirma.
A dona de casa Cristiane
Brochado, que utiliza o cilindro P45 para o uso no fogão e do aquecedor dos
chuveiros, assim como das torneiras, disse que precisa fazer a troca
mensalmente e que o valor do cilindro é de R$ 235,00. Para Cristiane, esse
aumento não deveria acontecer nas atuais circunstâncias econômicas do país. “É
um reajuste indevido neste momento de recessão”, termina.
Fonte: Tribuna de Petrópolis
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