terça-feira, agosto 25, 2015

Consumidores vão pagar mais caro pelo gás de cozinha


A partir do dia 1° de setembro o preço da botija de gás terá um reajuste de 10% previsto pela Agência Nacional do Petróleo Gás Natural e Biocombustíveis. A notícia desagradou os petropolitanos, que já pagam o preço mais caro das três principais cidades da região Serrana do Rio de Janeiro e o terceiro mais caro de todo o estado. As donas de casa, assim como os comerciantes, atribuem o aumento à crise que o país enfrenta. 

Uma pesquisa feita pela ANP aponta que nos sete pontos de vendas em Petrópolis o preço mínimo é de R$ 50,66 e o preço máximo corresponde a R$ 54,80. Porém, os consumidores afirmam que pagam pela botija atualmente R$ 55,00. Ainda de acordo com os dados da ANP, em Teresópolis é cobrado o valor mínimo de R$ 44,17 e o máximo de R$ 45,00, já em Nova Friburgo é pago pela botija R$ 53,20 a R$ 54,00.

Segundo informações de um depósito do derivado na cidade, o aviso já foi feito pela ANP e o que está previsto inicialmente é o aumento de 10%, equivalente a R$ 5,48 (seguindo a tabela da ANP) nos locais mais caros. O gás também pode ser comprado direto no depósito pelo valor de R$ 40,00.

A proprietária de um restaurante na Rua Alencar Lima, Priscila Passaron, disse que para o comércio a botija está ficando inviável e contou que gastava cerca de duas por dia. “Para nós que trabalhamos com o gás diariamente o aumento pesa muito”, diz.

Priscila, que atribuiu o aumento à crise que o país enfrenta, contou que devido ao gastos optou por utilizar o gás encanado e ainda ressaltou a economia. Segundo ela, atualmente gasta de R$ 1 mil a R$ 1.200 mensais e a economia (partindo do preço de entrega) gira em torno de dois mil reais. “O uso do gás encanado também evita o desperdício, já que algumas botijas acabavam congelando”, fala. 

Gisele  Miranda de Oliveira Carius é autônoma e trabalha com a produção de bolos e doces e disse que gasta, em média, duas botijas por mês e para continuar a ter lucro nas vendas conta que, consequentemente, terá que aumentar o preço da mercadoria. “Eu preciso seguir os reajustes, senão vou ter prejuízo”, diz.

Gisele se espantou com a taxa de entrega em domicílio e contou ainda que não sabia que a compra feita direto no depósito tinha um desconto. “O valor da entrega de R$ 15,00 é muito alto”, afirma.

A dona de casa Cristiane Brochado, que utiliza o cilindro P45 para o uso no fogão e do aquecedor dos chuveiros, assim como das torneiras, disse que precisa fazer a troca mensalmente e que o valor do cilindro é de R$ 235,00. Para Cristiane, esse aumento não deveria acontecer nas atuais circunstâncias econômicas do país. “É um reajuste indevido neste momento de recessão”, termina.

Fonte: Tribuna de Petrópolis

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