Moradores de diversos bairros
da cidade estão sem receber correspondências há mais de um mês. Localidades da
região do Vale do Carangola, por exemplo, estão sem o serviço desde
janeiro.
De acordo com moradores, os
funcionários dos Correios informaram, por telefone, não ter quantidade
suficiente de profissionais para atender a todas as regiões da cidade, o que
sobrecarrega o serviço.
Na principal rua da Castelâena
a situação não é diferente. Tuane Lopes, de 30 anos, que é analista de
sistemas, está há um mês sem receber suas contas em casa. “Em abril
simplesmente não recebemos nada. Aí ligamos para a agência dos Correios e o
rapaz disse a mesma coisa: estão sem carteiros e não conseguem entregar as
correspondências”, contou. O que deixa Tuane indignada é que ela aguarda um
documento importante desde o mês passado. “Estou esperando um papel muito
importante e não chegou até hoje. Eu fico revoltada porque moro num lugar
basicamente central, uma rua de fácil acesso, próximo ao Centro”,
explicou.
Com a ausência do serviço,
muita gente está tendo que se virar. No caso de Tuane, a única opção é aguardar
a chegada das cartas e emitir as segundas vias das faturas em casa para não
pagar as contas com juros. “Tivemos que imprimir vários boletos para que
pudéssemos pagar com o menor atraso possível”, concluiu.
A autônoma Maria Luisa de
Castro, de 30 anos, moradora da Estrada da Saudade, está indo até uma das
agências dos Correios, no Posto Dois, em Corrêas, para pegar suas
correspondências. “É um transtorno ter que ir até lá para buscar minhas cartas.
Mas enquanto isso não tenho opção. Só espero que eles contratem profissionais o
quanto antes porque a cidade só cresce e tem que ter infraestrutura pra atender
a toda essa demanda”, desabafou.
O empresário Maurício Bressan,
de 43 anos, que tem comércio no ramo do vestuário, está imprimindo boletos em
casa, como faz Tuane da Castelânea, para poder pagar tudo em dia. “Tem dia que
preciso pagar mais de mil reais em boletos. E se eu atrasar, as empresas não
querem saber se os Correios estão com funcionários ou não. Não tem greve, estão
todos contratados. O que está acontecendo então?”, questionou.
A Tribuna entrou em contato com
a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (Correios) questionando sobre
esse atraso e também sobre um possível prazo para que o serviço seja
normalizado. A empresa pediu o nome de cada rua para que possa apurar o motivo
dos problemas na entrega de correspondências. Até o fechamento desta
reportagem, os Correios não enviaram uma resposta.
Fonte: Tribuna de Petrópolis
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