domingo, fevereiro 02, 2014

Queimadas devastam áreas verdes em pleno verão, em Petrópolis

Foto: Arthur Vieira / Arquivo
Um problema incomum nessa época do ano está chamando a atenção dos petropolitanos: as queimadas. Com o tempo extremamente seco, e ausência de chuva há pelo menos duas semanas em vários pontos da cidade, os focos de incêndio florestais começam a reaparecer.

Na noite da última quinta-feira, pelo menos três incêndios provocaram o acionamento de equipes do 15º Grupamento do Corpo de Bombeiros. O “fogo em vegetação”, como os incidentes ocorreu nos bairros Caxambu, Quissamã e Quarteirão Brasileiro. De acordo com os bombeiros, nenhum deles chegou a “grandes proporções”. No entanto, no mês em que o grupamento de Petrópolis foi reforçado à espera das chuvas, são os incêndios fora de época que estão dando trabalho aos bombeiros.
No Caxambú, na Rua Santa Rita de Cássia, o aciona acionamento do 15º GBM, aconteceu por volta das 22h, mas nem precisou ser pagado pela equipe enviada ao bairro. “Felizmente, o incêndio, que se deu em um terreno baldio, sem residências próximas, nem precisou ser combatido. Ele se extinguiu ao consumir a vegetação seca que estava na região. Ainda assim, o local era um aclive de difícil acesso”, relata o major André Souza, do 15º GBM. 
Ainda na noite de ontem, outros dois incêndios provocaram o acionamento do corpo de bombeiros. “No Quissamã e no Quarteirão Brasileiro, mais uma vez o incêndio aconteceu em terrenos baldios. O que nos leva a pensar que eles possam ter sido provocados”, informa o major.
No dia 26, o professor de educação física, Luis Carlos Moraes, registrou da Rua Santos Dumont, o incêndio que consumia o morro conhecido como “Pedro do Elefante”, na altura da Rua 24 de Maio, no Centro Histórico. “O fogo nem chegou a ser combatido, ele começou por volta de umas 20h30 e se extinguiu após consumir a vegetação”, informa o Luis.
Há uma semana, também no bairro Caxambú e em Correas, montanhas foram vistas em chama à noite por moradores do segundo distrito. “No Caxambú, durante o incêndio, vi um balão, soltando fogos de artifício enquanto subia. Já em Correas, alguns dias antes uma montanha, que tem na base um posto de combustível, na altura da Ponte Branca, na Estrada União e Indústria, estava em chamas”, afirma o estudante Bruno Alves.
Em janeiro, as queimadas estão se tornando mais frequentes do que o esperado para a época do ano, quando eram as chuvas que deveriam estar preocupando e direcionando as principais atividades das 
equipes do Corpo de Bombeiros. “A vegetação está muito seca. Ao contrário do que esperávamos. Não choveu durante praticamente o mês de janeiro inteiro. Dentro do plano de contingência para o verão, até recebemos o reforço de duas viaturas, mais versáteis, com capacidade de chegar à locais de difícil acesso. No entanto, elas podem ser empregadas no combate à incêndio”, explica o major André Souza.
O major explica ainda que as queimadas não preocupam o 15ºGBM, como as que acontecem nos meses de agosto. “São queimadas de proporções menores. A vegetação seca facilita a propagação, mas nada comparado à temporada da seca no meio do ano”, afirma o bombeiro, que alerta para os riscos da queima de lixo próximo à vegetação. “Muitas pessoas aproveitam esse clima seco, para reunir lixo e colocar fogo. Mas, é necessário estar atento quando ao risco desse fogo se propagar e atingir alguma vegetação. Além disso, existem cuidados que devem ser tomados habitualmente, como não jogar guimbas de cigarro no mato, por exemplo. Lembrando que incêndios provocados propositalmente são considerado crimes e é importante que sejam denunciados pela população”, destaca.

Fonte:Tribuna de Petrópolis 


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