domingo, junho 04, 2017

Energia solar é pouco utilizada em Petrópolis

A energia elétrica no Brasil é uma das mais caras do mundo, e vive sendo alvo de reajustes frequentes no preço. Por conta disso, cada vez mais as pessoas se interessam pelo sistema fotovoltaico, gerando, assim, a sua própria energia. A economia ao longo da vida útil de um sistema é significativa, e a redução da conta de luz é de até 90%.

A microgeração de energia distribuída é a geração de energia elétrica independente, com potência instalada menor ou igual a 100 KW e que utilize fonterenovável, como a energia solar, conectada na rede de distribuição por meio de instalações de unidades consumidoras. Ela se dá através de um painel solar que produz energia elétrica com a luz do Sol, e a transforma para ser consumida em casa pelo inversor fotovoltaico.
Esse sistema é conectado no quadro de distribuição de energia para suprir tudo o que estiver conectado na tomada. A energia solar produzida pode ser consumida pelos aparelhos elétricos como geladeira, micro-ondas, ar-condicionado, entre outros.Quando o consumidor produz energia em excesso, ela vai para a rede da distribuidora e lhe gera um crédito para ser utilizado em algum outro dia em que tenha sido produzida menor quantidade.
Em 2012, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) criou a Resolução Normativa 482, que regulamentava a geração distribuída. O conjunto de regras tornou possível deixar de pagar contas de luz através da instalação de células de energia solar nas residências e empresas brasileiras.

De acordo com a Enel, 34 residências possuem a geração distribuída com energia solar em Petrópolis, que contribui com a sustentabilidade, eficiência e economia, já que os painéis são 99% recicláveis e produzem energia elétrica por mais de 40 anos, sem poluir ou contribuir de qualquer forma com o aquecimento global.

Investimento inicial é alto, mas o lucro é garantido

No mundo os maiores geradores de energia solar fotovoltaica são a China, Alemanha, Japão e EUA. Estima-se que em 2030 a capacidade de geração de energia solar vai crescer mais de 500% em comparação a hoje, chegando a representar de 8 a 13% de toda a eletricidade gerada no mundo. No Brasil, desde a regulamentação da geração distribuída, o setor de energia solar fotovoltaica vem crescendo a largos passos.

Raphael Maghamez Mendes, formado em engenharia elétrica, é dono da Tesla Sol, empresa petropolitana que fornece equipamentos, projeto e instalação do sistema fotovoltaico. Ele garante que o investimento inicial para a implementação não é baixo, mas que a médio e longo prazo se torna uma excelente aquisição.

- Geralmente as pessoas são muito imediatistas e querem o retorno financeiro em pouco tempo. Hoje em dia, o valor do investimento inicial é recuperado em média sete anos, considerando a inflação da energia ao longo do tempo. Em alguns casos, o retorno pode acontecer em quatro ou cinco anos. Ou seja, depende do caso, visto que cada consumidor tem uma necessidade específica de energia, e em locais distintos os índices de radiação são diferentes.

O empresário enfatiza ser baixo o custo de manutenção do equipamento, e salienta um dos benefícios que o consumidor passará a ter após o serviço.

- O custo de manutenção é baixo, se resumindo a inspeção preventiva da parte elétrica e lavagens dos painéis, de tempos em tempos. Outra questão que deve ser levada em consideração é a valorização imobiliária de um imóvel que gera a própria energia, aumentando seu preço de venda (no caso de uma possível venda do imóvel no futuro).

De acordo com o engenheiro, o tempo para instalação depende do tamanho do sistema, e ele também pode ser instalado no espaço disponível na casa ou empresa.

- Os sistemas maiores levam mais tempo para ser instalado, enquanto o menor leva apenas dois dias. Ele pode ser colocado em um telhado em boas condições e que receba radiação de forma direta, sem muita sombra, ou até mesmo no chão se houver interesse e espaço apto a receber o equipamento – concluiu.
 
BR-040 utiliza rede de iluminação sustentável
Em funcionamento desde outubro de 2011, o sistema de 188 luminárias mantidas por energia solar no trecho de Concessão da BR-040, administrado pela Concer, gera dividendos financeiros e ambientais. A concessionária foi a primeira a utilizar em larga escala o sistema fotovoltaico para iluminar 55 trevos, acessos, baias, retornos e saídas de uma rodovia.
Os quase 190 pontos de iluminação sustentável da Juiz de Fora-Rio também utilizam lâmpadas LED, que reduzem em 75% o consumo de energia. Quando comparada com uma luminária convencional, a de LED produz 518,4 quilos a menos de CO2, tendo dez anos de vida útil, garante o fabricante. O processo de fabricação também exclui o uso de chumbo e mercúrio.
Ao todo, o sistema fotovoltaico da BR-040 consome 5.076 kW/h de energia por mês, volume três vezes 
menor se o mesmo conjunto funcionasse pelo padrão convencional, com lâmpada de 250 watts, informa a Gerência de Manutenção da Concer, responsável pela rede.
A iluminação sustentável foi implantada em trechos entre Juiz de Fora (MG) e Duque de Caxias (RJ), em complemento à rede de 1.030 luminárias convencionais que a rodovia também apresenta no trecho restante da Baixada Fluminense desde 2007.
Outra inovação da Concer foi o aproveitamento de energia solar para suprir todo complexo da praça de pedágio do km 102, em Duque de Caxias, inaugurada em julho de 2014. Ao todo, 680 placas instaladas na cobertura da praça garantem energia suficiente para atender 160 residências com um consumo médio de 150 kW/h por mês.
Fonte:Diário de Petrópolis 

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