sábado, maio 06, 2017

Programa Saúde na Escola será implantado na rede municipal de Petrópolis


Nunca realizado em Petrópolis, o Programa Saúde da Escola, do governo federal, vai ser aplicado na rede municipal de ensino. De acordo com o número de unidades, o programa custeia enfermeiro, auxiliar de enfermagem e médico para atuar diretamente nas unidades educacionais. Criado em 2007, o programa nasceu na UFRJ e é custeado pelo Ministério da Educação (MEC). As pastas de saúde e educação, por orientação do prefeito Bernardo Rossi, já estão atuando para que o maior número de escolas possível seja atendido em Petrópolis.
A iniciativa prevê um auxiliar de enfermagem atuando diariamente nas escolas. Em cada cinco unidades, um enfermeiro, que vai trabalhar um dia por semana em cada local e, em cada dez escolas, o acompanhamento de um médico por vídeo conferência.
“Temos 186 unidades na rede municipal de ensino e a nossa meta é colocar o maior número possível de unidades inscritas no programa. Esse é um grande avanço que deve ser comemorado em toda a rede municipal. Petrópolis será o primeiro município do Estado a usar o programa em sua totalidade”, disse o secretário de Educação, Anderson Juliano.
A meta é de que PSE comece a funcionar ainda nesse ano na rede. Para isso, uma equipe de consultores do MEC vai percorrer as escolas da rede a partir da próxima semana recolhendo os dados necessários para o preenchimento do relatório que será enviado para o MEC. A partir do cruzamento de dados que leva em consideração, como por exemplo, o número de alunos em cada escola e a distância entre a unidade escolar e o ponto mais próximo de atendimento emergencial, o MEC selecionará as escolas que serão contempladas com o programa.
“Nenhum município do Rio de Janeiro se interessou em usar essa verba federal nos últimos anos e, por isso, Petrópolis está dando um grande passo. Para conseguirmos implantá-lo na rede municipal, precisamos do apoio dos diretores da rede. O programa nasceu na UFRJ e, atualmente, só os estados do nordeste estão usando o PSE. A partir dos estudos que fizemos na UFRJ, detectamos que uma criança infectada por uma virose, como por exemplo, afeta outras quatro pessoas em uma semana e se conseguirmos eliminar esse ponto de infecção na raiz, a partir de um diagnóstico rápido, poderemos evitar cerca de 84 atendimentos nas unidades básicas de saúde em um mês”, explicou Marcelo Cunha, professor da UFF e consultor do MEC.
Ainda de acordo com Marcelo, o programa coloca um auxiliar de enfermagem em cada escola. “Ele poderá fazer atendimentos emergenciais como curativos e atuar preventivamente com informações sobre saúde bucal e higiene pessoal. A cada dez escolas um pediatra poderá atender as demandas por videoconferência. Todo o programa é custeado pelo governo federal. Para funcionar será necessária uma sala nas escolas onde funcionará o consultório. A adaptação dos espaços também é feita pelo programa”, explicou Marcelo.
A partir da próxima semana um cronograma de visitas nas escolas será formulado. Os atendimentos contemplarão os alunos da educação infantil até o 5º ano do ensino fundamental. O governo federal fará o repasse da verba para a secretaria que contratará os profissionais.
Fonte:Diário de Petrópolis 

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