Petrópolis possui o
tratamento mais avançado para a hiperplasia benigna da próstata (HPB), doença
com grande incidência nos homens. A nova tecnologia de vaporização a laser, que
permite a intervenção inclusive em casos que antes eram contraindicados, está disponível
no Núcleo de Cirurgias Minimamente Invasivas do Hospital SMH - Beneficência
Portuguesa de Petrópolis desde a segunda semana de março.
De acordo com dados
da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), cerca de 50% dos homens são afetados
pela doença após os 50 anos. A estatística mostra a importância do investimento
para a cidade, que possui 298.158 habitantes, sendo 26.863 homens na faixa
etária de maior risco, com 50 anos ou mais, segundo o último censo realizado
pelo IBGE.
O equipamento reduz
significativamente os riscos de sangramento, possibilitando que a técnica seja
aplicada em pessoas com problemas cardíacos, que não podem suspender o uso de
anticoagulantes (medicamento que “afina” o sangue). O método abrange ainda um
número maior de pacientes se comparado à técnica anterior, que limitava a
cirurgia para próstatas de até 100g.
O médico urologista
Michael Cerqueira, que integra a equipe de especialistas do Hospital SMH,
explica que o GreenLight?XPS, que utiliza “luz verde” na terapia, leva a uma
recuperação mais rápida, já que a intervenção é minimamente invasiva.
“A grande vantagem
desse procedimento mais moderno é que ele permite que o paciente, na maioria
das vezes, receba alta no mesmo dia”, revela Michael Cerqueira, acrescentando
ainda que a maioria dos pacientes já vai para casa sem sonda. “A melhora dos
sintomas urinários acontece de forma precoce e a pessoa pode retornar para as
suas atividades normais em pouco tempo”, pontua o urologista.
Doença causa incômodo
e pode ter consequências graves
A HPB é caracterizada pelo crescimento benigno da glândula (localizada abaixo da bexiga),?que obstrui a uretra, podendo causar problemas no sistema urinário. Vontade frequente e incontrolável de urinar, dificuldade para iniciar a micção, jato de urina fraco e sensação de que a bexiga não foi completamente esvaziada são alguns dos sintomas mais frequentes do problema, que afeta 14 milhões de brasileiros, segundo a Sociedade Brasileira de Urologia.
As consequências
desta condição podem incluir a presença de sangue na urina, infecção urinária
de repetição, cálculos na bexiga, retenção urinária e insuficiência renal. A
cirurgia por técnica minimamente invasiva é indicada em casos onde o paciente
não responde ao tratamento medicamentoso.
Fonte: Diário de Petrópolis
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