Após o Diário de
Petrópolis ter noticiado que mais um empreendimento imobiliário pode ser
construído na região de Itaipava, a Prefeitura anunciou que vai continuar
estimulando essas construções, mas irá atuar com maior rigor na exigência de
contrapartidas por parte dos investidores. Na sexta-feira (24), o Diário
mostrou a preocupação dos moradores do terceiro distrito com a possibilidade de
construção de um novo conjunto habitacional na Fazenda Bela Vista – localizada
na Rua Agante Moço, que fica atrás do Parque Municipal Prefeito Paulo Rattes.
A Fazenda Bela Vista
é uma das poucas áreas verdes ainda disponíveis em Itaipava, após a construção
de diversos “espigões” que descaracterizaram o bairro nas últimas décadas. No
caso da Fazenda Bela Vista, ainda há o agravante da falta de infraestrutura da
Rua Agante Moço. A via, estreita, não tem largura suficiente para dois veículos
trafegarem em sentidos opostos. Além disso, a rua não é asfaltada e parte dela
está cedendo, nas proximidades do Condomínio Lagos de Itaipava.
De acordo com a
Prefeitura, os empreendimentos construídos na região de Corrêas tiveram
licenciamento aprovado sem a exigência de estudo de impacto de vizinhança e a
melhoria de vias alternativas, para escoar o tráfego. Mesmo assim, no entanto, o
município afirmou que está estudando formas de garantir contrapartidas das
construtoras, compensando os efeitos das construções.O processo de adensamento populacional sem a exigência de itens como estudo de impacto de trânsito, rede de água e esgoto, além de melhorias no arruamento das vias alternativas e iluminação pública nos últimos 30 anos, possibilitado pela construção de conjuntos habitacionais em diversas áreas da cidade, é apontado por urbanistas e entidades representativas da sociedade como um dos fatores determinantes para aumentar os congestionamentos no trânsito dos bairros, trazendo efeitos para a qualidade de vida da cidade.
- Acredito que
qualquer empreendimento teria que ter contrapartida para o arruamento, e os
grandes empreendimentos teriam que ter análise individual, para que a
Prefeitura possa analisar caso a caso e buscar uma solução sobre o que pode ser
feito em diversas áreas, como a distribuição de água, saneamento básico, acesso
e demais melhorias. Desta forma, teríamos o crescimento, que é necessário, mas
de forma sustentável. Isso beneficiaria inclusive os novos condomínios e seus
moradores – afirmou, na sexta, o presidente da ONG NovAmosanta, Jorge de
Botton.
Fonte: Diário de
Petrópolis
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