quarta-feira, março 15, 2017

Estrada Petrópolis/Teresópolis BR-495 ficará interditada por 30 dias


A rodovia BR-495, que liga Petrópolis a Teresópolis, está passando por obras de manutenção emergencial, e ficará interditada três vezes por períodos de dez dias, segundo a Superintendência Regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Dentre as obras, estão previstas a demolição e reconstrução de quatro pontes, que representam risco aos usuários.


A interdição está programada para ocorrer em três períodos, todos com duração de dez dias. Serão eles: do dia 27 de março à 05 de abril, nos dias 17 a 26 de abril e nos dias 02 a 11 de maio. As obras são responsabilidade da empresa Infra Construtora.


Durante a interdição, o Dnit recomendou duas rotas alternativas a quem precisa de acesso entre Petrópolis, Itaipava, Pedro do Rio e Areal, entre outros municípios. Uma delas é seguir pela Baixada Fluminense e a outra é fazer o percurso por São José do Vale do Rio Preto. Os caminhos são: descer a BR-116 (Dutra) e acessar a Rodovia BR-040 (Washington Luiz) ou a Rodovia RJ-107 (Serra Velha da Estrela), ou descer a BR-116 em direção a São José do Vale do Rio Preto e acessar a Rodovia RJ-134, a Rodovia BR-040/RJ ou a Estrada União e Indústria.


Em Petrópolis e Teresópolis, as pessoas que dependem da estrada estão indignadas com as datas escolhidas. O maior problema é que todas essas rotas alternativas mais do que dobram o tempo de viagem entre as duas cidades e, dependendo do trajeto, incluem o pagamento de pedágios.


Os alunos e professores de universidades se sentem prejudicados, e questionam se não é possível adiar as interdições para o período de férias letivas. As interdições vão cair nos períodos das provas do semestre, e podem prejudicar as notas dos alunos.


Centenas de estudantes viajam diariamente, nos dias úteis, de Teresópolis para Petrópolis para terem aulas na cidade. Nove vans saem do município vizinho carregando cerca de 150 alunos para a cidade, para o período noturno. Um número desconhecido de estudantes ainda se locomove de ônibus ou carro para ter aula em outros horários.


A estudante Renata Freitas, de 20 anos, aluna de Jornalismo da Universidade Estácio de Sá, diz que não sabe o que será feito, e que os estudantes que trabalham temem por seus empregos:


- A gente está muito preocupado. Para quem trabalha é complicado, porque as pessoas vão ter de sair mais cedo do trabalho para conseguir chegar a tempo da aula às 18h30 – explica Renata. Ela mesma já teve de mudar a logística das viagens desde que as obras começaram na BR-495.


- Já mudou minha vida. Antes, eu saía de Teresópolis às 17h30. Agora é às 15h. E vai precisar ser 14h agora para chegar a tempo da aula.


Os estudantes pensam em fazer agora o trajeto que passa por São José do Vale do Rio Preto, e cuja duração da viagem é estimada em cerca de quatro horas. O motivo é que não haveria pedágios nesse percurso, ao contrário do trajeto que passa pela baixada fluminense.


Mas existe quem prefira fazer esse trajeto, para gastar um pouco menos de tempo. A professora de Economia e Contabilidade, Kelly Mesquita, dá aula em Teresópolis e mora em Teresópolis, e lamenta o aumento nos custos:


- Vou ter que passar pelo Rio para chegar no trabalho. É mais gasolina e tem pedágio.
Atualmente, o trajeto dela de casa ao campus da Estácio naquela cidade, leva cerca de uma hora. Ela estima que o trajeto dos dias de interdição vai “pelo menos dobrar” o tempo da viagem.
Contatada, a empreiteira Infra Construtora não respondeu.

Fonte: Diário de Petrópolis

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