Mesmo com a redução
de 3,2% no preço da gasolina nas refinarias, o preço do combustível segue alto
nos postos em todo o país. Em Petrópolis, os preços continuam similares aos que
eram praticados antes do desconto, com a gasolina variando entre R$ 4,09 e R$
3,79 o litro.
A Petrobrás havia
anunciado uma redução de cinco centavos no preço da gasolina e do óleo diesel.
Mas a redução, que começou a valer no sábado (15), só afeta o preço nas
refinarias. Quem se beneficia com a redução são as distribuidoras, que compram
da Petrobrás e vendem aos postos.
Seria preciso que as
distribuidoras e os postos de combustíveis repassassem o novo preço para que o
consumidor sentisse a diferença. Os reajustes são o reflexo de uma nova
política de preços aprovada pela empresa na quinta-feira (13), que quer
diminuir o protecionismo aos combustíveis. O que a Petrobrás quer é rever os
preços ao menos uma vez por mês para seguir o preço do mercado internacional.
A redução dos preços
deveria ajudar a controlar a inflação. Nos últimos 12 meses, a gasolina subiu
mais que a inflação oficial, encarecendo 9,77%, enquanto o Índice Nacional de
Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 8,48%.
Mas na prática isso
não aconteceu, ao menos por enquanto. Para o consumidor, os preços continuaram
iguais nas capitais. Nenhum posto de gasolina pesquisado pelo Diário reduziu os
preços, e um deles ainda informou que a distribuidora nem chegou a repassar o
reajuste ao posto.
Há motoristas que já
perderam as esperanças sobre o preço dos combustíveis. O Diário falou com
taxistas da cidade sobre o impacto da alta dos combustíveis, e encontrou uma
categoria indignada com a situação.
- Isso nem anima mais
a gente – disse Giovani Gouvêa, quando perguntado sobre o que pensava da
redução prometida pelo governo. Ele também disse que gostaria que os taxistas
tivessem algum desconto na compra de combustíveis.
- A gente presta um
serviço. Acho que para utilidade pública deveria ser mais barato – afirmou.
O jeito de ganhar a
vida é abandonar a gasolina. Os taxistas, em geral, preferem o gás natural
veicular (GNV) e o etanol.
O que segura é o gás.
Quem não tem gás está enforcado – disse o taxista Carlos Carvalho, que não se
conforma com o preço dos combustíveis:
- O preço está um
absurdo, não tem o que falar, uma pouca vergonha – reclamou.
Além do gás, o Etanol
continua um pouco mais econômico que a gasolina. O Rio de Janeiro é um dos
poucos estados onde o Álcool não ficou mais caro em outubro. Ao invés disso, os
postos registraram queda de 2,53%. Até o dia 15 deste mês, os preços do etanol
subiram em 18 estados.
Fonte: Diário de Petrópolis
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