A transformação da atual pista de subida da serra em uma estrada
parque ganhou um novo grupo de discussão. A partir do próximo mês o assunto
será pauta das reuniões do Grupo Paritário de Trabalho da Agência Nacional de
Transportes Terrestres (ANTT), que discute também a construção da nova pista de
subida da serra e as consequências que ela vai gerar para a cidade. Para a
Novamosanta, uma das entidades que participa das reuniões, a ideia é que o
espaço seja transformado no parque da Serra da Estrela, ajudando a compor um
corredor ecológico, que vai preservar a estrada, impedindo inclusive a ocupação
desordenada. Segundo a Concer, ainda não foi definido o destino da pista. A
assessoria de imprensa da empresa informou que a decisão depende da ANTT.
O assunto vem sendo discutido há, pelo menos, três anos. A
preocupação das entidades petropolitanas é que, com a inauguração da nova pista
de subida, prevista para o segundo semestre de 2017, a atual estrada fique
abandonada. Para Fernando Varella, vice-presidente da Novamosanta, a atual
pista de subida é mais um atrativo turístico da cidade, tendo em vista,
principalmente, a exuberância da Mata Atlântica no trecho.
O presidente da entidade Jorge de Botton concorda com ele. Ele
sugere ainda que a estrada parque integre as reservas biológicas do Tinguá e do
Parque Nacional Serra dos Órgãos (Parnaso). Para Jorge, não há possibilidade de
deixar aquela pista abandonada ou mesmo trafegando em mão dupla como já foi
especulado. “É uma questão de segurança, porque a pista é estreita”,
disse.
No ano passado, o assunto chegou a ser debatido em reuniões da
Frente Pró-Petrópolis, que também defende a criação da Estrada Parque. Além
disso, uma empresa petropolitana chamada Manoa Planejamento Ambiental chegou a
enviar para o Conselho Municipal de Turismo (Comtur) um projeto que considerava
a criação de acostamentos, áreas de fuga, instalação de sanitários,
restaurantes, cafés, feiras de artesanato, parques, mirantes. Sugeriu ainda, a
criação de 26 paradas em pontos já estabelecidos, como nas bicas de água,
existentes ao longo da pista e no Mirante do Cristo.
O projeto previa ainda a instalação de atividades ligadas ao
Turismo de Aventura, Ecoturismo e Turismo Histórico-Cultural a fim de
beneficiar a região. Com isso, acreditam que haverá o aumento da atividade
econômica e da arrecadação tributária com a aquisição de equipamentos,
materiais e insumos para as obras. O documento lembra ainda que a BR-040 é uma
rodovia federal, com 1.200 Km, que foi efetivada pelo Plano Nacional de Viação,
em 1973. Ele destaca também que, com o aumento do tráfego pesado, as rampas e
as curvas da antiga Rio–Petrópolis ficaram obsoletas.
Fonte: Tribuna de Petrópolis
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