O prefeito Rubens Bomtempo cobrou do
Instituto Estadual do Ambiente (Inea) um posicionamento em relação ao
funcionamento do aterro controlado de Pedro do Rio. O espaço não recebe o lixo
domiciliar há 30 dias, desde o término do prazo da licença ambiental concedida
pelo instituto em 2014. A Prefeitura já pediu a prorrogação da licença por mais
um ano, tempo que Bomtempo espera ser suficiente para que o aterro sanitário de
Três Rios, que receberá o lixo domiciliar de Petrópolis e mais cinco
municípios, fique pronto. Sem a licença, todo o lixo domiciliar produzido em
Petrópolis está sendo levado para Nova Iguaçu. O transporte é feito pela
própria empresa responsável pela coleta, a Locar, e provocou uma despesa de
mais de R$ 300 mil em apenas um mês. “Precisamos de um posicionamento do Inea.
Encontramos o aterro funcionando sem licença e com inúmeras irregularidades.
Trabalhamos muito. Investimos mais de R$ 3 milhões em adequações e conseguimos
a licença. O problema é que, agora, a licença expirou. Se o aterro de Três Rios
já estivesse pronto, conforme foi pactuado há mais de cinco anos no Consórcio
Serrana II, hoje teríamos garantida a destinação correta dos resíduos com
despesas infinitamente menores”, lembrou o prefeito, fazendo referência ao
Consórcio Público para Manejo de Resíduos Sólidos da Região Serrana II, que
envolve as cidades de Petrópolis, Três Rios, Areal, Comendador Levy Gasparian,
Paraíba do Sul e Sapucaia. “Estamos de mãos atadas. Esperamos conseguir a
renovação ou, ao menos, que o Inea nos garanta o ressarcimento das despesas
para levar esse lixo para outro município”, acrescentou Bomtempo, durante
vistoria no aterro, na última quarta-feira, acompanhado do presidente da
Companhia de Desenvolvimento de Petrópolis (Comdep), Anderson Cruzick (Kaxuxa),
e o representante da empresa Locar, Eduardo Figueiredo, responsável pela coleta
de lixo do município. O presidente da Comdep lembrou que, com as melhorias
realizadas pela Prefeitura no aterro, o acondicionamento do lixo - cerca de 250
toneladas por dia - passou a ser realizado de forma correta, obedecendo às
normas ambientais. Entre as ações realizadas estão a reformulação do sistema de
drenagem de águas pluviais, a recuperação e monitoramento dos taludes, que
receberam cobertura de gramínea e passaram a ser monitorados por inclinômetros,
e a queima controlada do biogás por meio de “flare” (evitando que o gás metano
seja lançado na atmosfera). Através de uma parceria com a Águas do Imperador, o
chorume produzido no local passou a ser levado para uma Estação de Tratamento
de Esgoto. Outra medida importante foi a contratação de uma empresa que ficou
responsável pela coleta de lixo hospitalar.
Fonte: Tribuna de Petrópolis