segunda-feira, novembro 16, 2015

Petropolitanos buscam alternativas para driblar o estresse do trânsito


Conforme a Tribuna já vem publicando frequentemente, o trânsito em Petrópolis não está nada fácil. Ir de um lado para o outro da cidade está cada vez mais complicado. Apesar de muita gente preferir ir para o trabalho ou resolver algum problema no centro da cidade de carro, há quem prefira o transporte público ou até mesmo tente optar por outros meios de locomoção. Com mais de 157 mil carros nas ruas da cidade, o radialista e fotógrafo Alan Pacheco passou a ir para o trabalho de bicicleta.Alan contou à nossa equipe que sempre foi apaixonado pelo ciclismo e o trânsito caótico foi o principal motivo para que ele optasse por ir de bicicleta do Retiro, bairro onde mora, ao centro da cidade, onde trabalha. “Eu uso a bicicleta sim para fugir do trânsito. Dependendo do percurso ainda chego antes do carro”, ironizou. Alan disse que a paixão pelo ciclismo começou aos 14 anos, e, para ele, um carro amenos na rua já significa muito. “Menos um carro contribuindo para a poluição. E, além disso, faz muito bem à saúde pedalar e fazer atividade aeróbica. São muitas vantagens num só meio de transporte”, completou. O custo alto, principalmente do combustível, e a dificuldade de encontrar vaga de estacionamento também ajudaram Alan a optar pelo transporte público.“Quando não vou de bicicleta vou até de ônibus. Mas de carro jamais irei trabalhar. Além do ônibus sair mais em conta, eu ainda não preciso me preocupar com estacionamento”, concluiu. Também revoltado com o trânsito caótico, o publicitário Caio Bittencourt, de 28 anos, foi além. Ele criou uma empresa dentro de casa, para que não precise se deslocar e gastar tempo se desgastando no trânsito, enfrentando longas filas de congestionamento para chegar ao trabalho. “Trabalhei em muitas agências, algumas delas tinham totó, sinuca e formas de entreter, e com isso elas diziam que queriam o bem estar do empregado. Apesar dos aparatos, existia o clima de estresse e pressão, ainda mais quando tínhamos que enfrentar a falta de mobilidade nas ruas.A cada dia a situação piora. Então decidi criar minha empresa, onde nossos colaboradores possam ser beneficiados com a ausência desse tipo de estresse. Além disso, tenho a consciência limpa de que estamos contribuindo para que menos carros circulem nas ruas, ou até mesmo menos um lugar ocupado no ônibus, porque estou trabalhando de casa”, explicou. Caio agora faz o seu próprio horário e destaca até outros benefícios que esse tipo de negócio proporciona. “Uns são mais criativos pela manhã, outros pela tarde, então assim cada um faz seu horário”, completou. Um outro caso de gente que não quer sair de casa para não ter que enfrentar a falta de mobilidade urbana é o da estudante Luciane Queiroz, de 22 anos. A jovem optou pelo ensino a distância por questão de facilidade. “Eu tentei fazer um curso presencial, mas não aguentei nem dois meses. Era muito estresse, eu moro em Pedro do Rio e tinha que sair de casa três horas antes, pegar três ônibus para conseguir chegar à faculdade. Depois, a volta para casa era outro estresse. Então eu decidi aos 21 anos mudar meu estilo de vida. Trabalho de manhã, a uns três quilômetros de casa.Acordo oito horas, tomo banho e vou de bicicleta para o trabalho. Substituí a academia pelos exercícios que faço no meu deslocamento. São seis quilômetros por dia, pelo menos, indo e voltando para o trabalho. Depois disso, chego na minha casa e faço faculdade online. Quando termino, por volta da 15h30 ou 16h, eu ainda tenho um tempo livre. Tempo este que eu perderia dentro de um ônibus ou de um carro”, concluiu. Com tanta modernidade, não faltam opções para tentar resolver os problemas sem sair de carro e não precisar se estressar com o trânsito.

Fonte: Tribuna de Petrópolis

Nenhum comentário: