sábado, novembro 07, 2015

Moradores recebem água a cada seis dias

Moradores da Rua Oliveira Bulhões, no bairro Cascatinha, que são abastecidos pela água do Manancial do Alcobaça, reclamam que só estão recebendo água a cada seis dias, fato que estaria prejudicando a rotina de grande parte das pessoas. Apesar dos transtornos, nem todos são contra as manobras que vêm sendo realizadas por quem administra o serviço. Em contrapartida, há quem decidiu contratar o serviço de abastecimento oferecido pela empresa Águas do Imperador na esperança de não ter o serviço interrompido novamente. 
Na manhã da última quinta-feira, a equipe de reportagem da Tribuna de Petrópolis flagrou moradores acompanhando a instalação de, pelo menos, três hidrômetros na região, pedido feito pelo armador Antônio Carlos Simões, que afirma não aguentar mais ficar sem água. Ele questionou ainda a justificativa do administrador do reservatório, que informou que o local está com pouca água e por isso a adoção do racionamento.
“Chove há quatro dias aqui e mesmo assim estamos sem água? Tenho uma casa alugada e não posso deixar o inquilino sem água. Pensando nisso pedi que fosse instalado um hidrômetro nesta casa, na residência que eu moro e na do meu genro. Mesmo assim não vou me desfazer da água do reservatório que pagamos cerca de R$ 16 por mês, se pago adiantado. Dessa forma pretendo manter a minha caixa sempre cheia utilizando um ou outro serviço”, afirmou.
Uma outra moradora, que preferiu não se identificar, afirmou que não há condições de ficar seis dias sem água. “Que bom que tem gente com condições de pagar por dois serviços, eu não tenho. Acredito que apesar de ser necessário haver rodízio, já que o nível de água está tão baixo, não seja necessário ficar quase uma semana sem abastecer um monte de casas”, disse indignada. 
Já Luiz Sérgio Ferreira, morador da Rua Travessa Luis Mendes Rodrigues, que também é afetada pelo rodízio, as pessoas na verdade não têm ideia da dimensão do problema que é a estiagem e não querem saber de economizar. “Uma descarga gasta 20l, dez delas por dia em apenas uma residência já são 200l de água jogados fora sem necessidade, levando em conta que as pessoas poderiam utilizar a água das máquinas de lavar roupa, por exemplo, mas ninguém quer ter trabalho nem ajudar. Apenas cobrar pelo serviço sem pensar no amanhã! Moro há 59 anos aqui e na minha casa se não houver esquema de rodízio, eu não fico um dia sequer sem água, isso porque moro na parte mais baixa e as áreas mais afetadas são as casas que ficam no alto. Mesmo assim sou a favor do esquema que tem sido adotado, o importante é sermos solidários e aprendermos a dividir”, opinou.
A equipe de reportagem foi até o reservatório na tentativa de falar com o responsável pelo serviço, porém o local estava fechado. 
Fonte: Tribuna de Petrópolis 

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