quinta-feira, outubro 29, 2015

Moradores de Corrêas fazem um abaixo-assinado para melhorar a sinalização


Todo mundo sabe que atravessar a rua, mesmo que seja em faixa de pedestres, na cidade de Petrópolis, não é uma tarefa fácil, ainda mais quando se trata da Estrada União e Indústria, que tem um fluxo intenso de veículos. É por isso que alguns moradores da região do Prado, em Corrêas, estão fazendo um abaixo-assinado para tentar convencer as autoridades a melhorar a sinalização no local, colocando placas ou até mesmo um semáforo que faça os motoristas respeitarem as travessias de pedestre. 

Num trecho de 200 metros próximo ao Terminal de Integração de Corrêas há três faixas de pedestres, sendo que apenas uma delas é considerada segura por quem transita diariamente pelo local. “Essa aqui na frente do Terminal é a única que respeitam, porque tem um semáforo que serve para sinalizar a saída de ônibus do terminal e acaba colaborando com a segurança dos pedestres”, disse a moradora Maria Inês Bortoloto, que mora há 22 anos na região do Prado. 

Para quem segue no sentido Itaipava, após o terminal, próximo a um posto de combustíveis, existem outras duas faixas de pedestres próximas. Uma delas fica bem na saída de uma rua, que dá acesso ao Loteamento do Prado. Nesta faixa, além do fluxo intenso de veículos na União Indústria, pedestres ficam sujeitos ao risco de serem atropelados por motoristas que saem de um cruzamento entre uma rua paralela à via e uma outra transversal, próximo a um mercado. No local, o pedestre, para acessar a faixa, fica numa espécie de “ilha”, no meio do cruzamento, aguardando que algum motorista lhe dê a vez.

Para Elisabeth da Silva, aposentada, esse é um risco diário. “Eu moro no Bonfim, também em Corrêas, mas venho aqui toda semana porque o salão de cabeleireiro que frequento fica aqui na localidade do Prado. Como venho de ônibus, prefiro descer no Terminal e vir andando, porque lá consigo mais segurança ao atravessar na faixa, mas na hora de ir embora, pego ônibus em frente ao mercado Xodó de Minas, porque fica mais perto”, contou Beth, como é conhecida, que prefere andar mais para não ficar sujeita ao risco de atravessar numa faixa que fica sobre um cruzamento, onde milhares de carros, motos, caminhões e ônibus passam em alta velocidade. “Se eu for tentar atravessar aqui acontece isso: fico no meio do cruzamento, carros para todo lado e ninguém dá a vez para passar. É numa hora dessas que a gente vê o pedestre entrando na frente dos carros e correndo um risco maior ainda, de ser atropelado”, explicou.

A nossa equipe de reportagem acompanhou Beth, que só conseguiu ter a chance de atravessar a rua quando um fotógrafo da Tribuna começou a registrar a dificuldade da aposentada, no meio do cruzamento. Durante a ação, um motociclista que estava saindo de uma rua transversal ainda brincou com nosso repórter: “Tirando fotos qualquer um para. Quero ver tentar atravessar sem a câmera”, ironizou.

Um dos responsáveis pelo abaixo-assinado, o arquiteto Ariesteu Monteiro, que mora há 19 anos no Prado, explicou que o documento pede apenas uma medida mais expressiva para que os motoristas respeitem as travessias. “Aqui é assim, um acidente atrás do outro. Como é um bairro muito movimentado e esse fluxo intenso é um negócio que ninguém entende, tivemos várias ocorrências por aqui. No abaixo-assinado, queremos que os órgãos públicos tomem alguma providência ou executando uma obra de passarela, instalação de semáforo e até mesmo realizando melhorias na sinalização para que o motorista comece a respeitar essas faixas. Eles (se referindo aos órgãos de trânsito) colocaram radar chegando na ponte de Corrêas, mas queremos mesmo é sinalização”, completou.

Ao constatar o problema no local, a Tribuna entrou em contato coma Prefeitura de Petrópolis, por meio da Coordenadoria de Comunicação Social.

Fonte: Tribuna de Petrópolis

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