Todo mundo sabe que atravessar
a rua, mesmo que seja em faixa de pedestres, na cidade de Petrópolis, não é uma
tarefa fácil, ainda mais quando se trata da Estrada União e Indústria, que tem
um fluxo intenso de veículos. É por isso que alguns moradores da região do
Prado, em Corrêas, estão fazendo um abaixo-assinado para tentar convencer as
autoridades a melhorar a sinalização no local, colocando placas ou até mesmo um
semáforo que faça os motoristas respeitarem as travessias de pedestre.
Num trecho de 200 metros
próximo ao Terminal de Integração de Corrêas há três faixas de pedestres, sendo
que apenas uma delas é considerada segura por quem transita diariamente pelo
local. “Essa aqui na frente do Terminal é a única que respeitam, porque tem um
semáforo que serve para sinalizar a saída de ônibus do terminal e acaba
colaborando com a segurança dos pedestres”, disse a moradora Maria Inês
Bortoloto, que mora há 22 anos na região do Prado.
Para quem segue no sentido
Itaipava, após o terminal, próximo a um posto de combustíveis, existem outras
duas faixas de pedestres próximas. Uma delas fica bem na saída de uma rua, que
dá acesso ao Loteamento do Prado. Nesta faixa, além do fluxo intenso de
veículos na União Indústria, pedestres ficam sujeitos ao risco de serem atropelados
por motoristas que saem de um cruzamento entre uma rua paralela à via e uma
outra transversal, próximo a um mercado. No local, o pedestre, para acessar a
faixa, fica numa espécie de “ilha”, no meio do cruzamento, aguardando que algum
motorista lhe dê a vez.
Para Elisabeth da Silva,
aposentada, esse é um risco diário. “Eu moro no Bonfim, também em Corrêas, mas
venho aqui toda semana porque o salão de cabeleireiro que frequento fica aqui
na localidade do Prado. Como venho de ônibus, prefiro descer no Terminal e vir
andando, porque lá consigo mais segurança ao atravessar na faixa, mas na hora
de ir embora, pego ônibus em frente ao mercado Xodó de Minas, porque fica mais
perto”, contou Beth, como é conhecida, que prefere andar mais para não ficar sujeita
ao risco de atravessar numa faixa que fica sobre um cruzamento, onde milhares
de carros, motos, caminhões e ônibus passam em alta velocidade. “Se eu for
tentar atravessar aqui acontece isso: fico no meio do cruzamento, carros para
todo lado e ninguém dá a vez para passar. É numa hora dessas que a gente vê o
pedestre entrando na frente dos carros e correndo um risco maior ainda, de ser
atropelado”, explicou.
A nossa equipe de reportagem
acompanhou Beth, que só conseguiu ter a chance de atravessar a rua quando um
fotógrafo da Tribuna começou a registrar a dificuldade da aposentada, no meio
do cruzamento. Durante a ação, um motociclista que estava saindo de uma rua
transversal ainda brincou com nosso repórter: “Tirando fotos qualquer um para.
Quero ver tentar atravessar sem a câmera”, ironizou.
Um dos responsáveis pelo
abaixo-assinado, o arquiteto Ariesteu Monteiro, que mora há 19 anos no Prado,
explicou que o documento pede apenas uma medida mais expressiva para que os
motoristas respeitem as travessias. “Aqui é assim, um acidente atrás do outro.
Como é um bairro muito movimentado e esse fluxo intenso é um negócio que
ninguém entende, tivemos várias ocorrências por aqui. No abaixo-assinado,
queremos que os órgãos públicos tomem alguma providência ou executando uma obra
de passarela, instalação de semáforo e até mesmo realizando melhorias na
sinalização para que o motorista comece a respeitar essas faixas. Eles (se
referindo aos órgãos de trânsito) colocaram radar chegando na ponte de Corrêas,
mas queremos mesmo é sinalização”, completou.
Ao constatar o problema no
local, a Tribuna entrou em contato coma Prefeitura de Petrópolis, por meio da
Coordenadoria de Comunicação Social.
Fonte: Tribuna de Petrópolis
Nenhum comentário:
Postar um comentário