A estiagem já começou a afetar
os produtores rurais de Petrópolis. De acordo com o Secretário de Agricultura,
Abastecimento e Produção, Leonardo Faver, ele e representantes da categoria se
reuniram na última semana para conversar sobre o assunto. Apesar de não haver
números exatos que apontem o cenário atual do setor, a diminuição da produção
pode ter caído de 30% a 40%, situação que de acordo com o secretário pode mudar
devido à previsão de chuva para os próximos dias.
Durante o encontro, Leonardo
ressaltou questões como os procedimentos atuais de irrigação utilizados por
grande parte dos produtores e as técnicas de manejo do solo para que haja uma
menor perda de água. A previsão é de que com a diminuição da oferta os preços
sofram pequenos reajustes nas feiras da cidade. Cerca de 800 produtores rurais
estão concentrados nas regiões do Brejal (maior área produtiva), Itaipava,
Secretário, Vale das Videiras, Caxambu, Bonfim e Taquaril.
“O produtor está acostumado com
os riscos que acometem as plantações, mas deve se atualizar com relação às
tecnologias para se adaptar à atual condição climática, que apesar de não poder
ser controlada, não pode ser um fator que deixará todos os produtores à mercê
da escassez de água ou das chuvas fortes, que também não são boas para a
plantação”, disse Leonardo.
Em Corrêas, a produção de
verduras, legumes e frutas onde Poliana Nogueira trabalha continua a todo vapor
e ainda não falta água. “Na verdade, temos um poço artesiano muito grande e ele
tem nos abastecido bem até o momento. Mesmo assim notamos que ele está mais
vazio e como forma de prevenção temos irrigado as plantações apenas uma vez por
dia e não três, como fazíamos. Como resultado, as verduras acabam não ficando
tão macias, porém não podemos desperdiçar água”, disse.
A vendedora afirmou ainda que
diversos produtores do bairro Caxambu disseram estar sem água, porém ao ir ao
local nenhum dos produtores rurais quis conceder entrevista à Tribuna de
Petrópolis, e se mostraram assustados com a presença da equipe de reportagem.
“Acredito que em um futuro próximo esses profissionais precisarão substituir
seus equipamentos por métodos mais eficientes de irrigação e sair das técnicas
convencionais para a de microgotejamento, que consome menos água”, afirmou o
secretário.
Fonte: Tribuna de Petrópolis
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