O estoque de sangue do Hospital
Santa Teresa (HST) diminuiu drasticamente este mês por não ter sido realizada
nenhuma campanha de arrecadação dos times. No último mês, a campanha Raça Amor
e Sangue, que teve o apoio da FlaPetropolis, foi campeã em arrecadações e bateu
recorde entre as mobilizações que envolvem as torcidas cariocas. O problema é
que se não for oferecido um brinde, o grande número de doadores não comparece e
o número de bolsas caem. O estoque abastece todos os hospitais da cidade de
Petrópolis.
Para o estoque estar bem
abastecido é preciso a captação de 60 bolsas por dia e atualmente o Banco está
recebendo apenas 30, o que corresponde a uma média de 40 a 45 comparecimentos.
Cada voluntário dispõe de 470ml de sangue, que é captado em uma média de 8
minutos. As mulheres podem doar a cada 4 meses e os homens a cada 3
meses.
Na de hoje, pela segunda vez, a
professora Elisabete Thess doou sangue incentivada pelo filho de 22 anos, Vitor
Thess Lindemberg, e contou ter recebido um SMS do Banco com a mensagem de que
já poderia ser feita outra doação. “Fui informada por meio da mensagem de
que já poderia doar novamente. Comecei a doar por estímulo do meu filho, que é
doador”, diz.
Orgulhosa de contar sobre a
iniciativa de Victor, ela falou que o filho é escoteiro e tem a missão de
ajudar o próximo. “Eles estão sempre envolvidos em ações mobilizadoras e as
pessoas precisam de conscientização. A doação faz bem até para a saúde”, conta.
O captador de doadores,
Alexandre Paladino, atribuiu a redução do estoque a nenhuma campanha ter sido
realizada neste mês e disse que para mobilizar os voluntários a equipe tem
buscado reforço nas empresas da cidade. “As pessoas querem sempre ganhar algo
em troca e este mês não houve nenhuma campanha com camisetas de brinde. Para
convocar as pessoas temos feito palestras de conscientização nas empresas a fim
de conseguir uma captação maior”, conta.
Alexandre contou que uma bolsa
pode salvar até quatro vidas e ainda disse que quando há acidentes que geram
uma comoção pública o estoque aumenta bastante, porém poucos que utilizam o
estoque contribuem com a reposição. Como foi há dois meses quando uma menina se
acidentou no bairro Independência. “Ela precisou de mais de 300 bolsas e na
ocasião muitos amigos participaram, porém apenas 19% fazem a reposição”,
afirma.
Segundo Alexandre, o sangue
captado também é útil para os pacientes oncológicos ou com anemia falciforme,
que apresentam pouca imunidade e como consequência podem desenvolver anemias.
Para isso, o Banco se sangue se aliou à Associação Petropolitana de Pacientes
Oncológicos (APPO) e até o fim deste mês serão realizadas palestras. “Estamos
buscando no RH das empresas a liberação dos funcionários para que possam
comparecer e ajudar”, diz.
O captador ainda lembrou que a
Lei Municipal N°5.969, de 15/05/2003, dá incentivo aos doadores como o desconto
de 50% no valor de ingressos de eventos promovidos pela prefeitura, o direito à
primeira hora de gratuidade em estacionamentos rotativos públicos municipais e
permissão para utilizar a fila preferencial. Para garantir os benefícios basta
apresentar a carteira de doador, com o documento de identificação com
foto.
Alexandre esclareceu que
pessoas com tatuagens e piercings podem sim serem doadoras, com a ressalva de
que tenham sido adquiridos com o tempo de um ano. Os pré-requisitos para ser um
doador devem atender regras simples como: pesar mais de 50 quilos; estar em
boas condições de saúde; não é necessário estar em jejum; após o almoço ou
ingestão de alimentos gordurosos aguardar 3h; apresentar um documento de
identificação oficial com foto (RG, CNH, etc); ter entre 16 e 69 anos (menores
com autorização e presença dos pais) e a equipe deve ser consultada em caso de
diabetes, hipertensão e/ou uso de medicamentos.
O atendimento no Banco de
Sangue é diário no período das 7h às 18h e para mais informações quanto a
organização de grupos ou palestras a equipe se coloca à disposição para fazer a
conscientização. O contato pode ser feito pelos telefones 2245-2324/ 99269-4355
e o Banco fica na rua Paulino Afonso, 477, Bingen, Térreo, no Hospital Santa
Teresa.
Fonte: Tribuna de Petrópolis
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