quinta-feira, agosto 06, 2015

Tachões são alvos de críticas de motoristas


Os “tachões”, também conhecidos como “tartarugas”, são o terror dos motoristas e não é difícil vê-los espalhados pelas ruas de Petrópolis. O equipamento, que é utilizado para forçar os motoristas a respeitar a sinalização pintada na via, também pode servir como redutor de velocidade. De um jeito ou de outro, a opinião dos motoristas é de que eles deveriam ser banidos da sinalização viária da cidade. O principal argumento é de que o tachão pode danificar os veículos e até mesmo causar acidentes. “Eu já tive problemas na suspensão do meu carro”, revela o taxista Antônio Neves, que diz ter sido obrigado a passar sobre um tachão para evitar colidir com um carro que freou bruscamente no trecho final da pista sentido Centro da Avenida Barão do Rio Branco. “Fugi do prejuízo da batida, mas acabei arrumando outro”, lamenta. O entregador Ricardo Oliveira diz que para os motociclistas o risco é ainda maior. “Em um carro quebra a suspensão. Em uma moto, pode t e jogar no chão” , afirma o entregador, que diz já ter quase provocado um acidente ao passar pelo equipamento. “Eu fui fechado em um cruzamento. Fui jogado para cima de um tachão na Avenida Ipiranga. Não bati por pouco em outro carro que vinha no sentido oposto”, relata. Segundo o Conselho Nacional de Trânsito – Contran, o equipamento é permitido nas vias públicas desde que não seja utilizado como redutor de velocidade. Segundo a resolução 336, de 24 de novembro de 2009, “a aplicação de tachas e tachões transversalmente à via como dispositivo de redutor de velocidade, ondulações transversais ou sonorizadores causa defeitos no pavimento e danos aos veículos sendo, por isso, proibida a utilização”. A medida, no entanto, não elimina os tachões que hoje são mais comuns na cidade para separação de vias e para educar os motoristas, mesmo que de maneira forçada, a respeitar a sinalização pintada no pavimento, como no caso das Avenida Barão do Rio Branco e Ipiranga, assim como em tantas outras vias da cidade. Se ainda não há proibição contra os segregadores quando eles separam via opostas (caso da Av. Ipiranga) ou funcionam para afunilar o trânsito (Av. Barão do Rio Branco), o fato é que ele é rejeitado até mesmo por quem não dirige. “No Samambaia, havia um trecho que tiveram que tirar os tachões, na Rua Hyvio Naliato. A rua é estreita, por vezes o ônibus passava por cima. Atrapalhava na travessia também na faixa de pedestre”, lembra o estudante André Soares, que diz que o trânsito passou a fluir bem melhor sem o equipamento “E o risco de acidente é menor, porque não tem mais obstáculo”, avalia.

Fonte: Tribuna de Petrópolis

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