Os “tachões”, também conhecidos como
“tartarugas”, são o terror dos motoristas e não é difícil vê-los espalhados
pelas ruas de Petrópolis. O equipamento, que é utilizado para forçar os
motoristas a respeitar a sinalização pintada na via, também pode servir como
redutor de velocidade. De um jeito ou de outro, a opinião dos motoristas é de
que eles deveriam ser banidos da sinalização viária da cidade. O principal
argumento é de que o tachão pode danificar os veículos e até mesmo causar
acidentes. “Eu já tive problemas na suspensão do meu carro”, revela o taxista
Antônio Neves, que diz ter sido obrigado a passar sobre um tachão para evitar
colidir com um carro que freou bruscamente no trecho final da pista sentido
Centro da Avenida Barão do Rio Branco. “Fugi do prejuízo da batida, mas acabei
arrumando outro”, lamenta. O entregador Ricardo Oliveira diz que para os
motociclistas o risco é ainda maior. “Em um carro quebra a suspensão. Em uma
moto, pode t e jogar no chão” , afirma o entregador, que diz já ter quase provocado
um acidente ao passar pelo equipamento. “Eu fui fechado em um cruzamento. Fui
jogado para cima de um tachão na Avenida Ipiranga. Não bati por pouco em outro
carro que vinha no sentido oposto”, relata. Segundo o Conselho Nacional de
Trânsito – Contran, o equipamento é permitido nas vias públicas desde que não
seja utilizado como redutor de velocidade. Segundo a resolução 336, de 24 de
novembro de 2009, “a aplicação de tachas e tachões transversalmente à via como
dispositivo de redutor de velocidade, ondulações transversais ou sonorizadores
causa defeitos no pavimento e danos aos veículos sendo, por isso, proibida a
utilização”. A medida, no entanto, não elimina os tachões que hoje são mais
comuns na cidade para separação de vias e para educar os motoristas, mesmo que
de maneira forçada, a respeitar a sinalização pintada no pavimento, como no
caso das Avenida Barão do Rio Branco e Ipiranga, assim como em tantas outras
vias da cidade. Se ainda não há proibição contra os segregadores quando eles
separam via opostas (caso da Av. Ipiranga) ou funcionam para afunilar o
trânsito (Av. Barão do Rio Branco), o fato é que ele é rejeitado até mesmo por
quem não dirige. “No Samambaia, havia um trecho que tiveram que tirar os
tachões, na Rua Hyvio Naliato. A rua é estreita, por vezes o ônibus passava por
cima. Atrapalhava na travessia também na faixa de pedestre”, lembra o estudante
André Soares, que diz que o trânsito passou a fluir bem melhor sem o
equipamento “E o risco de acidente é menor, porque não tem mais obstáculo”,
avalia.
Fonte: Tribuna de Petrópolis
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