Petrópolis é uma das cidades do Rio de Janeiro onde o gás é mais caro. Isso é o que mostra o levantamento da Agência Nacional de Petróleo (ANP). O valor comercializado na Cidade Imperial é o quarto mais caro do estado, perdendo apenas para Nova Friburgo, Campos dos Goytacazes e São Francisco de Itabapoana. Enquanto em Petrópolis o gás está custando, em média, R$ 50,64, em outras cidades vizinhas, por exemplo, como em Três Rios, a média é de R$ 36,00. E esse valor pode ficar ainda mais alto nos próximos meses, uma vez que o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC) aumentou a projeção para o preço do botijão de gás de 3% para 4,6%.
Clemente Magalhães é dono de uma padaria tradicional na rua 16 de Março. Por dia, passam cerca de mil pessoas pelo estabelecimento. Mas o movimento caiu 30% este ano, segundo o proprietário. Em contrapartida, as taxas aumentaram. A conta de luz aumentou em 70% e já está perto de dobrar. Na padaria, gasta-se 1 botijão de gás por dia, o que totaliza 7 por semana e 28 por mês. Quando informado sobre o aumento, ele ficou surpreso. “Todo reajuste é prejudicial para o comerciante, ainda mais em um momento de crise como esse, onde o movimento vem caindo a cada dia”, declarou. Para o empresário, a crise ainda está “subindo o morro”, ou seja, ainda não alcançou o topo – a situação mais crítica.
Segundo a ANP, em algumas cidades como Magé e Saquarema, o botijão de gás custa, em média, R$ 35,00. Mas em Nova Friburgo, por exemplo, o valor pode chegar a R$ 53. Em Angra dos Reis, o preço médio praticado é de R$ 45,00. Já em Volta Redonda é de R$ 44,86. De acordo com a ANP, não existe tabelamento de preços, nem fixação de valores máximos e mínimos, nem a exigência de autorização oficial prévia para reajustes dos preços dos combustíveis em qualquer etapa da comercialização.
Fonte: Tribuna de Petrópolis
Nenhum comentário:
Postar um comentário