A obra de construção de uma
nova pista de subida da serra, ligando o Rio a Petrópolis está a todo vapor.
Quem passa pelo local, percebe que muita coisa vai mudar nos próximos anos para
os usuários da rodovia. Além da construção do túnel de, aproximadamente, 5 Km
de extensão, paralelamente está sendo construída a pista de duplicação da
descida, os viadutos e estão sendo realizadas as obras de contenções ao longo
do trecho. Cerca de 1.500 pessoas estão envolvidas no projeto de execução.
Contratualmente, a obra deve ser finalizada em outubro de 2016. Avaliada em R$
1,1 bilhão, a nova subida da serra começou a ser construída há dois anos.
A nova pista tem como um dos
objetivos, diminuir o tempo de viagem entre o Rio e Petrópolis. Além disso,
pretende minimizar o número de acidentes que acontece na serra constantemente,
gerando engarrafamentos quilométricos e influenciando diretamente na qualidade
de vida de petropolitanos que precisam descer e subir diariamente e causando
transtornos para turistas e visitantes.
A partir da conclusão do
projeto, os usuários vão trafegar em uma pista paralela à de descida até o Km
87,5 da BR-040, onde estará a entrada do túnel. O desemboque será no bairro
Duarte da Silveira. Ali, o motorista escolhe se vai continuar na pista sentido
Itaipava e Juiz de Fora, ou se vai optar por passar pelo Bingen ou Quitandinha.
Ao todo, serão construídos 23
novos viadutos ao longo da rodovia e, no Belvedere, será instalado um Centro de
Controle Operacional para operar o túnel. Mais de 1.700 metros dele já foram
escavados. A previsão é de que até o fim do ano, ele já esteja completamente
escavado. Apesar da promessa em trazer benefícios para os usuários, existe a
preocupação com a segurança, que foi inclusive levantada recentemente pelo
Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), que pediu a paralisação das
obras até que fosse elaborado um projeto executivo e a realização de uma
auditoria de segurança viária e de licitação para seu prosseguimento.
Sobre essa questão, o
presidente da Concer, Pedro Jonsson, afirmou que a concessionária está
obedecendo as normas de segurança existentes no Brasil e algumas normas
internacionais. Ele ressaltou que não existe no país, nenhum túnel dessa
magnitude e, por isso, buscou consultores internacionais para auxiliar nesse
projeto. Além disso, destacou que o túnel vai contar com equipamentos modernos,
será monitorado por câmeras, além de ter sensores de fumaça e odor para
eventuais contratempos. Jonsson revelou ainda que serão construídas células de
segurança no túnel, ligadas a um acesso subterrâneo, que vai funcionar como uma
galeria de escoamento, caso haja algum incêndio, por exemplo, no interior da
construção.
Já a realização da obra sem
licitação, ele justificou que, quando estava discutindo a necessidade de melhorar
a pista de subida da serra, com o Governo Federal, havia três possibilidades: o
governo aportar a verba para a construção de uma nova estrada, o aumento do
prazo de concessão para a empresa ou aumento de preço no valor do pedágio.
Segundo Jonsson, foi o governo que optou pelo aporte. Sendo assim, considerando
que houve o contrato de concessões e que está sendo respeitado o de regulação
de obras, ele afirmou que a concessionária está dentro da lei, no que diz
respeito as intervenções.
Até o momento, o Governo
Federal aportou R$ 200 milhões para a obra. Apesar de o contrato prever
aditivos, o diretor da Concer, não acredita que será possível consegui-los,
levando-se em consideração a atual situação econômica do país.
Atual subida, será via
alternativa
A responsabilidade pela
conservação e preservação da atual pista de subida da serra continua sendo da
Concer, mesmo depois da inauguração da nova. Sendo assim, haverá um pedágio
para quem optar por trafegar por ela. De acordo com Jonsson foi sugerido ao Instituto
Chico Mendes de Conservação (ICMBio) que, no local, seja construído uma Estrada
Parque, considerada por ele como a melhor alternativa para conservação daquele
trecho. Coberta de Mata Atlântica, ela poderá servir também como observatório
para alunos de universidades.
Logo após a inauguração da nova
pista, a intenção da Concer é realizar intervenções necessárias na estrada
atual. Entre as primeiras medidas que serão tomadas, segundo o presidente,
estão a de fazer um recapeamento do asfalto e melhorar a sinalização,
oferecendo maior conforto para quem optar trafegar por ela. Ao todo, são mais
de 20 mil veículos que passam pela atual pista. Com a inauguração da nova, o
fluxo que passa por bairros, como o Duques, por exemplo, vai diminuir.
Ligação Bingen-Quitandinha
é última fase da obra
O anúncio de que a obra de
ligação entre o Quitandinha e o Bingen seria antecipada, foi negada pelo
presidente da Concer. Segundo ele, não é possível fazer essa intervenção antes
de concluir a construção da nova pista de subida. A ligação é um projeto que
visa dar mobilidade urbana aos usuários da via, mas para Jonsson é um problema
municipal que, inicialmente não fazia parte do contrato, mas foi incluída após
conversas com o prefeito Rubens Bomtempo, em 2001.
Fonte: Tribuna de Petrópolis
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